As causas da PCR são variadas, normalmente resultando de: choque circulatório, choque séptico, trauma, doença cardiovascular entre diversas outras causas.
Desde a antiguidade diversos médicos perceberam a importância em elaborar um tratamento para PCR, muitas técnicas foram criadas (p. ex. colocava-se a pessoa em PCR em cima de um cavalo e o deixava trotar; colocava-se um barril em cima do peito da pessoa em PCR ...), todas elas tinham como base fundamental a compressão torácica. Desde a década passada, entretanto, a AHA (American Heart Association) reuniu os maiores pesquisadores do mundo para a formação de um protocolo de atendimento univesal, daí foi criada a Reanimação cardiorrespiratória (RCP) e dois livros o BLS (Basic Life Suport) e o ACLS (Advanced Cardiology Life Suport). Esses protocolos universalizaram o atendimento de emergência ao paciente cardivascular grave.
Caso não haja retorno à circulação espontânea e o paciente não seja submetido a ressuscitação cardiopulmonar, a lesão cerebral começa a ocorrer em cerca de 3 minutos e após 10 minutos de ausência de circulação as chances de ressuscitação são próximas a zero.
PÓS PCR SE NÃO REALIZADO MEDIDAS DE RCP ACONTECE:
MORTE
BIOLÓGICA IRREVERSÍVEL; Deterioração irreversível dos órgãos e
sistemas, que se segue à PCR, quando não se instituem as manobras
de circulação e oxigenação.
MORTE
ENCEFÁLICA:Necrose do tronco e do córtex cerebral pela falta de
oxigenação por mais de 5 minutos
SITUAÇÕES
COM MAIOR RISCO DE EVOLUIR PARA UMA PCR: Cardiopatias (destas,
a doença aterosclerótica coronária é a mais
importante , Hipertensão arterial, Diabetes, Antecedentes
familiares de morte súbita, Anóxia, Afogamento, Pneumotórax
hipertensivo, Hemopericárdio, Choque, Obstrução
das vias aéreas, Bronco espasmo e Reação anafilática.
PRINCIPAIS
SINAIS E SINTOMAS QUE PRECEDEM UMA PCR
Dor
torácica
Sudorese
Palpitações
precordiais
Tontura
Escurecimento
visual
Perda
de consciência
Alterações
neurológicas
Sinais
de baixo débito cardíaco
Parada
de sangramento prévio
SINAIS
CLÍNICOS DE UMA PCR
INCONSCIENCIA
AUSENCIA
DE MOVIMENTO RESPIRATORIO
AUSÊNCIA
DE SINAIS DE CIRCULAÇÃO
Ausência
de pulsos em grandes artérias
(
femoral e carótidas)
COMO
IDENTIFICAR A PARADA CÁRDIO-RESPIRATÓRIA
TODO
PACIENTE QUE APRESENTA OS três QUADRO CLINICOS
ESTIVER INCONSCIENTE E NÃO RESPONSIVOS
OS
MOVIMENTOS RESPIRATÓRIOS ESTÃO AUSENTES.
OS
PULSOS ESTIVEREM AUSENTES
CONCEITO
DE MORTE SÚBITA
QUANDO
OS TRÊS QUADRO CLINICOS ESTIVER PRESENTE
O
PACIENTE ESTIVER INCONSCIENTE E NÃO RESPONSIVOS
OS
MOVIMENTOS RESPIRATÓRIOS ESTÃO AUSENTES.
OS
PULSOS ESTIVEREM AUSENTES
MAS
NAO APRESENTA QUALQUER SINAL OU SINTOMA NAS 3 HORAS ANTECCEDENTES
MECANISMO
DE SUSPEITA DE PCR
O
PACIENTE COM RISCO POTENCIAL DE PCR
APRESENTA
O MAU FUNCIONAMENTO DOS SISTEMAS E APARELHOS ORGÂNICOS, ESSENCIAL
PARA A MANUTENÇÃO DA VIDA, QUE REFLETEM NA PIORA DOS SINAIS VITAIS
PRINCIPALMENTE:
CORAÇÃO,
CÉREBRO E RINS.
A
PIORA DESSES ÓRGÃO EVOLUI PARA PARADA CARDIACA
SINAIS
VITAIS QUE SÃO USADO COMO REFERENCIA PARA SUSPEITR PCR:
PRESSÃO
ARTERIAL
FREQUÊNCIA
DO PULSO OU FREQUÊNCIA CARDÍACA;
TEMPERATURA
AXILAR;
FREQUÊNCIA
RESPIRATÓRIA;
ESTADO
DE CONSCIÊNCIA;
IMPORTANTE;
CIANOSE,
PALIDEZ, E MIDRÍASE(dilatação da pupila)
SÃO
SINAIS QUE APARECEM
MINUTO APÓS A PCR
E
TAMBEM:
DPOC(Doença
Pulmonar Obstrutiva Crônica) COM CIANOSE(coloração azul-arroxeada
da pele) CRÔNICA;
ANEMIAS
ACENTUADAS POREM ACIANÓTICOS;
Ritmos de parada cardiorrespiratória:
A parada
cardiorrespiratória pode ocorrer na presença de 3 ritmos cardíacos
diferentes:
Fibrilação
ventricular
ou
taquicardia ventricular sem pulso: ritmo de PCR mais frequente em
PCR fora do hospital, responsável por cerca de 80% dos episódios;
caracteriza-se por um ritmo cardíaco rápido, irregular e ineficaz;
Assistolia:
ausência de ritmo cardíaco, nesse ritmo há
interrupção da atividade elétrica do músculo cardíaco;
Atividade
elétrica sem pulso: nesse
ritmo existe a presença de atividade elétrica no músculo cardíaco
porém os batimentos não são eficazes e não há circulação
sanguínea.
Elementos
de SBV
|
-
Não responsivo
-
Sem respiração ou com respiração anormal
-
Sem pulso (verificação de pulso carotídeo em até 10 seg).
|
Sequência
de RCP
|
C
– A – B
|
Freqüência
de compressão
|
Pelo
menos 100/min
|
Profundidade
de compressão
|
Pelo
menos 5 cm
|
Retorno
da parede torácica
|
Permitir
retorno total antero posterior
|
Interrupções
das compressões
|
Interrupções
em no máximo 10 seg
|
Vias
aéreas
|
-
Elevação modificada da mandíbula (trauma)
-
Inclinar a cabeça e elevar o queixo (clinico)
|
Relação
compressão-ventilação
|
30:2
independente da quantidade de socorristas
|
Desfibrilação
|
-
Instalar o DEA à vítima assim que estiver disponível
|
AVISO IMPORTANTE:
Se você é treinado para realizar RCP ou profissional de saúde, sua técnica empregada será diferente, podendo ser realizado as ventilações após cada sequência de compressão, devendo-se manter uma relação de 30:2. Mas atenção, agora a sequência será: C – A – B: compressão – abertura das vias aéreas – respiração. Não existe mais o passo de “ver-ouvir-sentir”. Para mais informações, entre em contato através do e-mail contato@lifesavers.com.br.
Parada cardíaca é uma condição na qual o coração pára de bater quando o músculo cardíaco não recebe o sangue – e, conseqüentemente, o oxigênio e os nutrientes – de que necessita. Quando um adulto subitamente perde a consciência, este adulto pode estar em parada cardíaca. O fluxo sanguíneo ao cérebro e corpo é interrompido. Se o coração não puder bombear sangue ao cérebro, a pessoa perde a consciência. Quando a parada cardíaca é acompanhada de parada respiratória é estabelecida a parada cardiorrespiratória, devendo-se imediatamente ser instituído a ressuscitação cardiopulmonar (RCP).
O principal objetivo da RCP é realizar a compressão torácica até que uma equipe de emergência treinada possa oferecer suporte cardíaco avançado. Quanto menor o tempo entre a parada cardíaca e o início da RCP, maiores serão as chances de sobrevivência da vítima. Pesquisas mostram que os pontos cruciais para a sobrevivência em caso de parada cardíaca são (figura 1):
- Acesso rápido à vítima por socorristas treinados em RCP.
- Rápida aplicação da RCP.
- Rápida desfibrilação com desfibrilador externo automático (DEA).

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Figura 1 –A corrente de sobrevivência da American Heart Association em vítimas adultas. Os 5 elos ou ações na corrente de são: 1) rápido reconhecimento da situação de emergência e ativação da equipe do sistema de atendimento de emergência, 2) RCP imediata, 3) desfibrilação imediata, 4) suporte avançado imediato e 5) suporte após-PCR.
SUPORTE BÁSICO DE VIDA
A RCP é apenas uma parte do suporte básico de vida, termo usado para descrever os procedimentos de primeiros socorros necessários para preservar a vida em uma situação de emergência. Os principais passos na sequência do suporte básico de vida preconizados pela American Heart Association são:
- Determinar a responsividade
- Ativar o serviço de resgate
- Fazer compressões torácicas efetivas
NÚMERO 1 – DETERMINAR A RESPONSIVIDADE
Para determinar a ausência de resposta, encoste nos ombros da vítima de forma enfática e pergunte em tom audível “Você está bem?”. Você não está procurando uma resposta, mas sim algum tipo de reação – contrações das pálpebras, movimento muscular, virar-se para o som e assim por diante. Se não houver resposta a vítima não está responsiva (figura 2). O paciente com desconforto respiratório, também chamado de gasping também deve receber os cuidados iguais aos pacientes não responsivos.Não leve mais que 30 segundos nesta etapa.
Nas novas diretrizes da American Heart Association em 2010, não é considerado um passo formal a detecção da responsividade. Eles consideram este passo um ato implícito ao prestar socorro. É enfatizado apenas 2 passos: chamar ajuda e compressão torácica efetiva, chamado de hands only – somente mãos (para socorristas leigos não treinados); ou 3 passos: chamar ajuda, compressão torácica efetiva e ventilação (para socorristas leigos treinados ou profissionais de saúde).

Figura 2 – Determinando a responsividade.
NÚMERO 2 – ATIVAR O SERVIÇO DE RESGATE
Se a vítima não estiver responsiva, ative o serviço de resgate imediatamente. Em grande parte do território nacional já existe o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) acionado pelo número 192. A pessoa que faz a chamada deve fornecer o local da emergência, o número do telefone de onde está chamando, o que aconteceu, o número de vítimas envolvida (se houver mais de uma), que cuidados de emergência estão sendo ministrados e qualquer outra informação solicitada.Em quanto não chega o socorro faça a etapa nº 3
NÚMERO 3 – REALIZANDO AS COMPRESSÕES TORÁCICAS
As compressões torácicas ajudam o sangue a circular com base em dois princípios: primeiro, elas elevam a pressão na cavidade torácica, fazendo o coração bombear; segundo, elas fornecem compressão direta no próprio coração.
Para as compressões torácicas externas, a vítima deve estar na posição de decúbito dorsal (deitada de costas), sobre superfície firme e plana. As roupas da vítima não impedem você de fornecer compressões torácicas eficazes, mas podem impedir o posicionamento correto das mãos; se necessário, afaste as roupas.
Ajoelhe-se perto dos ombros da vítima, a distância entre seus joelhos deve ser a mesma que entre seus ombros.
POSICIONANDO AS MÃOS
O posicionamento correto das mãos sobre o tórax da vítima é essencial para se evitar a ocorrência de lesões internas decorrentes das compressões torácicas e para a perfeita efetividade da manobra. Suas mãos devem ficar sobre a extremidade inferior do esterno. Para esta posição, trace uma linha imaginária entre os mamilos, o ponto médio localiza-se no exato local que sua mão deverá posicionar-se para as compressões torácicas. Nesse ponto, o esterno é flexível – é possível comprimi-lo sem fraturá-lo.
Coloque o “calcanhar da mão” no esterno com a outra mão por cima, com os dedos de ambas as mãos apontando na direção oposta à sua. Entrelace os dedos ou estenda-os, mantendo-os afastados do tórax da vítima (figura 3, 4 e 5).

Figura 3 – Posicionamento correto das mãos para as compressões torácicas na RCP.

Figura 4 – Posicionamento incorreto das mãos para as compressões torácicas na RCP. Pode danificar a caixa torácica e os órgãos adjacentes.

Figura 5 – Colocação alternativa das mãos para as compressões torácicas na RCP.
REALIZANDO AS COMPRESSÕES TORÁCICAS
Para fazer as compressões torácicas, proceda da seguinte forma (figura 6, 7, 8 e 9):
- Com as mãos corretamente posicionadas, endireite os braços deixando-os retos, firme os cotovelos e posicione os ombros diretamente acima das mãos. Seu nariz, ombros e cicatriz umbilical devem estar quase alinhados em uma reta. Nessa posição, os impulsos recairão diretamente sobre o esterno da vítima.
- Pressione direto para baixo, usando o peso da parte superior do corpo para comprimir o esterno da vítima – aproximadamente 4 a 5 cm – o que forçará o sangue do coração. Pode ser necessário comprimir mais o tórax de uma pessoa obesa ou musculosa e menos em uma pessoa muito magra ou pequena.
- Libere completamente a pressão para permitir o retorno do tórax e que o sangue volte para o coração. Deixe o tórax voltar para a posição normal após cada compressão, mas nunca retire as mãos do esterno.
- Mantenha as mãos sobre o tórax da vítima durante toda a compressão – não as levante, nem troque de posição. As compressões torácicas devem ser fortes, rápidas e rítmicas; não deve haver movimentos bruscos, golpes ou movimentos de parada-início durante o procedimento.
- Faça compressões torácicas ao ritmo de no mínimo 100 compressões por minuto.

Figura 6 – Faça as compressões torácicas adequadamente.

Figura 7 – Compressão forte e rápida com aprofundamento de 4 a 5 cm do esterno.

Figura 8 – Compressão torácica durante RCP.

Figura 9 – A técnica da RCP difere para adultos, crianças e bebês.
REVISANDO
Se estiver sozinho, determine a ausência de resposta, ative o serviço de resgate (SAMU 192) e inicie as manobras de compressões torácicas:
- Posicione as mãos corretamente sobre o tórax da vítima na extremidade inferior do esterno (localizada como ponto médio na linha imaginária traçada entre os mamilos).
- Faça no mínimo 100 compressões torácicas fortes e rápidas. Conte em voz alta para manter o controle das compressões.
- Aplique as compressões até a chegada do DEA (desfibrilador esterno automático) ou que a vítima comece a se mexer ou até os profissionais de saúde do serviço de emergência assumirem o caso.
O QUE É UM DEA?
O desfibrilador externo automático (DEA) é um dispositivo médico computadorizado. Um DEA pode examinar o ritmo cardíaco de uma pessoa. Ele pode reconhecer um ritmo que necessite de um choque e pode avisar ao socorrista quando um choque é necessário. O DEA usa mensagens sonoras, luzes e mensagens de texto para indicar ao socorrista os passos a tomar (figura 10).

Figura 10 – Desfibriladores externos automáticos (DEA) de diversos modelos (modelo em vermelho apenas para treinamento).
Os DEA são muito precisos e fáceis de usar, Os socorristas leigos, com poucas horas de treinamento, podem operar um DEA de maneira segura. Quando um adulto não responder, você deverá telefonar para o serviço de resgate (SAMU 192) e pedir um DEA; depois deve iniciar a RCP. Se a vítima adulta não responsiva não tiver respiração normal, você deve usar um DEA. A RCP imediata e o uso de um DEA em poucos minutos darão à vítima a melhor chance de sobrevivência.
Hoje, no estado e na cidade de São Paulo é lei a obrigatoriedade de manter DEA em aeroportos, shopping centers, centros empresariais, estádios de futebol, hotéis, hipermercados e supermercados, casas de espetáculos e locais de trabalho com concentração acima de 1.000 pessoas ou circulação média diária de 3.000 ou mais pessoas, os clubes e academias com mais de 1.000 sócios, as instituições financeiras e de ensino com concentração ou circulação média diária de 1.500 ou mais pessoas (Lei Municipal N. 14.621, de 11 de dezembro de 2007 e Lei Estadual N. 12.736, de 15 de outubro de 2007).
Há muitas marcas diferentes de DEA. Mas você usará os mesmos passos básicos para operar todos os DEA. Você liga o DEA. Então, você aplica ao tórax despido da vítima as 2 pás auto-adesivas. Depois que o DEA estiver conectado à vítima, ele analisa o ritmo cardíaco para ver se é necessário um choque. Você deve “afastar todos” da vítima. Isso significa que você deve ter certeza de que ninguém toque na vítima enquanto o DEA estiver analisando o ritmo cardíaco. O DEA pode lhe indicar para aplicar um choque (“choque recomendado”). Uma vez que você afastou todos da vítima e se assegure que ninguém a esteja tocando, você pressiona o botão CHOQUE para fornecer o choque. Depois do choque, o DEA mandará você continuar as manobra de RCP com as compressões torácicas, sendo que após de 2 minutos ele irá avisá-lo para parar a RCP e irá novamente analisar o ritmo cardíaco para verificar a necessidade de outro choque. Algumas vezes o DEA avisa “choque não recomendado”. Isto pode significar que a vítima tem um ritmo normal (caso ela esteja respirando, tossindo ou movimentando) ou que o tratamento da parada cardíaca não seja o choque, sendo necessário imediatamente as compressões torácicas.
PASSOS PARA O USO DO DEA
- Ligar o DEA.Você faz isso pressionando um botão ou abrindo a tampa do DEA. Então, o DEA lhe indicará o que fazer a seguir. Caso você esteja com outra pessoa além da vítima, continue a RCP enquanto o outro socorrista aplica as pás auto-adesivas na vítima.
- Aplicar as pás auto-adesivas no adulto.Remova a roupa do tórax da vítima. Abra o pacote das pás para adultos do DEA e retire o plástico de proteção das mesmas. Aplique o lado adesivo das pás diretamente na pele do tórax da vítima. O desenho no pacote das pás mostra onde colocá-las. Para a maioria dos DEA, você coloca uma pá na parte superior direita do tórax, abaixo da clavícula da vítima. Você colocará esta pá justamente à direita do esterno. Coloque a outra pá do lado esquerdo do tórax da vítima, uns poucos centímetros abaixo da axila esquerda (figura 11).
- “Afastar” todos do paciente e permitir que o DEA analise o ritmo cardíaco.Quando você “afasta” todos da vítima, você se assegura de que ninguém a esteja tocando. Então, o DEA pode analisar o ritmo cardíaco. Alguns DEA indicam para apertar um botão para iniciar a análise. O DEA lhe indica, a seguir, se é necessário um choque. O DEA usará uma mensagem sonora ou uma luz que se acende de forma intermitente ou uma mensagem de texto.
- “Afaste” todos do paciente e aperte o botão CHOQUE.Se o DEA fornecer uma mensagem de “choque recomendado”, “afaste” todos da vítima e depois pressione o botão de CHOQUE. Quando o choque é fornecido, os braços e outros músculos da vítima se sacudirão. Reinicie imediatamente as manobras de RCP com as compressões torácicas (na velocidade 100 compressões/minutos) até o momento do DEA indicar para se afastarem da vítima para nova análise do ritmo cardíaco (em geral, após 2 minutos).
Lembre-se, deixe o DEA aplicado no tórax da vítima até que os socorristas do serviço médico de resgate cheguem. Você deve deixá-lo aplicado mesmo se a vítima tiver retornado à respiração ou se movimentando.

Figura 11 – Uso do desfibrilador externo automático (DEA).
SITUAÇÕES ESPECIAIS COM O DEA
Água:não aplique um choque se a vítima estiver molhada ou deitada na água. A água pode fazer com que o choque flua sobre a pele de uma pá a outra. Se isto acontecer, a energia não vai para o coração. Nesta situação, mova a vítima para fora da água. Limpe seu tórax rapidamente com uma toalha, antes de aplicar as pás. Você deve manter uma toalha pequena no estojo portátil do DEA. Se a vítima estiver deitada em uma pequena poça de água, mas seu tórax estiver seco, você pode aplicar os choques.
Adesivos medicamentosos:você não deve colocar as pás do DEA sobre um adesivo medicamentoso. O adesivo pode bloquear parte do choque, de modo que o mesmo não seja eficaz. Além disso, podem ocorrer queimaduras. Neste caso, se a vítima tiver um adesivo medicamentoso no lugar onde você deve colocar a pá do DEA, retire-o e limpe o tórax, antes de colocar a pá.
Marca-passo ou desfibrilador implantado:algumas vítimas têm um marca-passo ou desfibriladores implantados. Estes dispositivos produzem uma protuberância dura sob a pele do tórax. Você não deve colocar uma pá do DEA sobre esta protuberância, porque ela bloqueará o fornecimento da energia do choque no coração. Se você observar esta protuberância, coloque a pá pelo menos 2,5 cm distante.
Muito pêlo no peito: se a vítima tiver muito pêlo no peito, as pás auto-adesivas podem aderir ao pêlo, em vez de na pele do tórax. Se isto acontecer, pressione firmemente as pás. Se isto não resolver o problema, puxe as pás rapidamente com a intenção de depilar o local e limpe o tórax (certifique-se que o DEA possui outro par de pás). Se ainda houver pêlo no lugar onde você colocará as pás, raspe a área com a lâmina do estojo portátil do DEA. Depois, coloque um novo conjunto de pás.
RESUMO DO SUPORTE BÁSICO DE VIDA PARA O SOCORRISTA LEIGO SEM TREINAMENTO

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Destaques das Diretrizes da
American Heart Association 2010
para RCP e ACE