terça-feira, 25 de agosto de 2015

TUBERCULOSE TEM CURA

Resultado de imagem para tuberculose

Tuberculose

A tuberculose (TB) é uma doença infecciosa e transmissível que afeta prioritariamente os pulmões. A doença é curável. Anualmente são notificados cerca de 6 milhões de novos casos em todo o mundo, levando mais de um milhão de pessoas a óbito. O surgimento da aids e o aparecimento de focos de tuberculose resistente aos medicamentos agravam ainda mais esse cenário.
No Brasil, a tuberculose é sério problema da saúde pública, com profundas raízes sociais. A cada ano, são notificados aproximadamente 70 mil casos novos e ocorrem 4,6 mil mortes em decorrência da doença. O Brasil ocupa o 17º lugar entre os 22 países responsáveis por 80% do total de casos de tuberculose no mundo.
Nos últimos 17 anos, a tuberculose apresentou queda de 38,7% na taxa de incidência e 33,6% na taxa de mortalidade. A tendência de queda em ambos os indicadores vem-se acelerando ano após ano em um esforço nacional, coordenado pelo próprio ministro, o que pode determinar o efetivo controle da tuberculose em futuro próximo, quando a doença poderá deixar de ser um problema para a saúde pública.
A tuberculose (TB) constitui-se em problema social e de saúde pública em todo o mundo, necessitando de medidas mais efetivas para o seu controle. O diagnóstico precoce da doença é ação essencial para romper a cadeia de transmissão do bacilo. Considerando-se que a suscetibilidade ao Mycobcterium tuberculosis (Mbt) é praticamente universal, o controle dos contatos é uma efetiva medida para prevenir o adoecimento e diagnosticar precocemente casos de TB ativa.

Descrição da Doença

A tuberculose é uma doença infecciosa e transmissível, causada pelo Mycobacterium tuberculosis, que afeta prioritariamente os pulmões, embora possa acometer outros órgãos e sistemas. A apresentação pulmonar, além de ser mais frequente, é também a mais relevante para a saúde pública, pois é a principal responsável pela transmissão da doença.
A enfermagem tem papel fundamental no controle da tuberculose, por meio da orientação do paciente em relação à infecção latente e à doença, às formas de transmissão do bacilo, à adesão ao tratamento completo e adequado e às possíveis consequências da não adesão. A participação efetiva nas ações gerenciais e assistenciais instituídas pelo Programa Nacional de Controle da Tuberculose (PNCT) contribui para melhorar a qualidade da atenção à saúde, assim como as estatísticas mundiais relacionadas à doença.

Reservatório

O principal reservatório da tuberculose é o ser humano. Outros possíveis reservatórios são gado bovino, primatas, aves e outros mamíferos. No Brasil, não existem estimativas sobre a proporção de pacientes com tuberculose causada pelo M. Bovis. No entanto, é importante que o sistema de saúde esteja atento à possibilidade de ocorrência desse evento.

Resultado de imagem para sinais e sintomas da tuberculose

Modo de transmissão

A tuberculose é uma doença de transmissão aérea, ou seja, que ocorre a partir da inalação de aerossóis. Ao falar, espirrar e, principalmente, ao tossir, as pessoas com tuberculose ativa lançam no ar partículas em forma de aerossóis que contêm bacilos, sendo denominadas de, bacilíferas.
As formas bacilíferas são, em geral, a tuberculose pulmonar e a laríngea. Calcula-se que, durante um ano, numa comunidade, um indivíduo que tenha baciloscopia positiva pode infectar, em média, de 10 a 15 pessoas. Bacilos que se depositam em roupas, lençóis, copos e outros objetos dificilmente se dispersam em aerossóis e, por isso, não desempenham papel importante na transmissão da doença.


Período de incubação

Embora, o risco de adoecimento seja maior nos primeiros dois anos após a primeira infecção, uma vez infectada a pessoa pode adoecer em qualquer momento de sua vida.
Resultado de imagem para tuberculose

Como se transmite?

A transmissão é direta, de pessoa a pessoa. O doente expele, ao falar, espirrar ou tossir, pequenas gotas de saliva que contêm o agente infeccioso e podem ser aspiradas por outro indivíduo contaminando-o. Somente 5% a 10% dos infectados pelo bacilo de Koch adquirem a doença. Pessoas vivendo com HIV/aids, diabetes, insuficiência renal crônica, desnutridas, idosos doentes, usuários de álcool e outras drogas e tabagistas são mais propensos a contrair a tuberculose.
A transmissão da tuberculose é plena enquanto o indivíduo estiver eliminando bacilos. Com o início do esquema terapêutico adequado, a transmissão tende a diminuir gradativamente e, em geral, após 15 dias de tratamento chega a níveis insignificantes. No entanto, o ideal é que as medidas de controle de infecção pelo M. tuberculosissejam implantadas até haja a negativação da baciloscopia. Crianças com tuberculose pulmonar geralmente são negativas à baciloscopia.

Orientações

Resultado de imagem para sinais e sintomas da tuberculose

Sinais e sintomas

Alguns pacientes não exibem nenhum indício da doença, outros apresentam sintomas aparentemente simples que são ignorados durante alguns anos (ou meses). Contudo, na maioria das pessoas infectadas, os sinais e sintomas mais frequentemente descritos são tosse seca contínua no início dos sintomas, depois com presença de secreção por mais de quatro semanas, transformando-se, na maioria das vezes, em uma tosse com pus ou sangue; cansaço excessivo; febre baixa geralmente à tarde; sudorese noturna; falta de apetite; palidez; emagrecimento acentuado; rouquidão; fraqueza e prostração. Os casos graves apresentam dificuldade na respiração; eliminação de grande quantidade de sangue, colapso do pulmão e acúmulo de pus na pleura (membrana que reveste o pulmão) - se houver comprometimento dessa membrana, pode ocorrer dor torácica.



A apresentação da tuberculose na forma pulmonar, além de ser mais frequente, é também a mais relevante para a saúde pública, pois é essa forma, especialmente a positiva à baciloscopia, a principal responsável pela transmissão da doença que se dá por via aérea.


No entanto, não raramente, a tuberculose pode manifestar-se sob diferentes apresentações clínicas, que podem estar relacionadas com idade, imunodepressão e órgão acometido. Assim, outros sinais e sintomas, além da tosse, devem ser valorizados. 

Na tuberculose pulmonar, em adolescentes e adultos jovens, o principal sintoma é a tosse (seca ou produtiva, com expectoração purulenta ou mucoide, com ou sem sangue). Por isso, recomenda-se que todo sintomático respiratório (pessoa com tosse por três semanas ou mais) seja investigado para a tuberculose.

Considerando que há maior risco de adoecimento por tuberculose entre as populações mais vulneráveis, para esses grupos recomenda-se investigar a tuberculose utilizando pontos de corte diferenciados quanto à tosse, conforme o quadro abaixo:


Populações vulneráveis
Tempo de tosse
Indígenas


Duas semanas ou mais

Pessoas privadas de liberdade
Pessoas que vivem com o HIV/aids
Pessoas em situação de rua
Independentemente do tempo de sintoma





Há outros sinais e sintomas que podem estar presentes, tais como: febre vespertina (no final da tarde), sudorese noturna (suor durante a noite), anorexia(falta de apetite) e emagrecimento.


Em crianças menores de 10 anos as manifestações clínicas podem variar bastante. O achado clínico que chama a atenção na maioria dos casos é a febre, habitualmente moderada, persistente por 15 dias ou mais e frequentemente vespertina. São comuns irritabilidade, tosse, inapetência, perda de peso e sudorese noturna. Muitas vezes, a suspeita de tuberculose em crianças surge com diagnóstico de pneumonia sem melhora com o uso de antimicrobianos para germes comuns.

Quando a tuberculose é extrapulmonar, os sinais e sintomas dependem dos órgãos e/ou sistemas acometidos. A forma extrapulmonar ocorre mais comumente em pessoas que vivem com o HIV/aids, especialmente entre aquelas com grave comprometimento imunológico.

A tosse é o principal sintoma e se manifesta em 98% dos doentes de tuberculose pulmonar.
  • Aos primeiros sintomas, procure um serviço de saúde. Quanto mais rápido for feito o diagnóstico, menor será a chance de contaminação das pessoas da família.
  • As condições de habitação são importantes para diminuir o contágio. Mantenha a casa limpa, ventilada e deixe o sol entrar.
  • Uma boa nutrição diminui o risco de adoecimento e aumenta a possibilidade de cura. Procure alimentar-se bem.
  • Em caso de dúvida procure o serviço de saúde mais próximo de sua residência.


Resultado de imagem para vacina bcg

Como se prevenir?

Para prevenir a doença é necessário imunizar as crianças obrigatoriamente no primeiro ano de vida ou no máximo até quatro anos, com a vacina BCG. Crianças soropositivas ou recém-nascidas que apresentam sinais ou sintomas de aids não devem receber a vacina. A prevenção inclui evitar aglomerações, especialmente em ambientes fechados, mal ventilados e sem iluminação solar. A tuberculose não se transmite por objetos compartilhados.

Medidas de saúde pública, como rastrear e diagnosticar precocemente os portadores de tuberculose e seus contactantes para iniciar o tratamento o mais rápido possível é a melhor forma de cortar a corrente de contágio da doença. Para ter a ideia da eficácia disso, em menos de duas semanas de tratamento adequado, o paciente já não transmite mais o bacilo.



A melhoria das condições de vida, como saneamento, habitação, manter hábitos de higiene e alimentação adequados também são formas de prevenir a doença. Pessoas que vivem em condições precárias, por exemplo, em aglomerados e má condição alimentar estão mais suscetíveis a contrair e desenvolver a tuberculose. Uma forma de garantir um diagnóstico precoce e tratamento adequado desta doença é procurar um pneumologista ou um posto de saúde caso tenha sintomas respiratórios que persistam por mais de duas semanas.
Crianças soropositivas ou recém-nascidas que apresentam sinais ou sintomas de aids não devem receber a vacina. A prevenção inclui evitar aglomerações, especialmente em ambientes fechados, mal ventilados e sem iluminação solar. A tuberculose não se transmite por objetos compartilhados.

Evite ficar exposto a pessoas com tuberculose ativa.

Obviamente a precaução mais importante a se tomar para prevenir a doença é evitar ficar perto de pessoas com tuberculose ativa, o que é altamente contagioso, principalmente se você já fez exame de tuberculose latente e deu positivo. Mais especificamente:
  • Não passe muito tempo com alguém que tem uma infecção ativa de tuberculose, principalmente se essa pessoa recebeu tratamento há menos de duas semanas. Em particular, é importante evitar passar tempo com pacientes com tuberculose em quartos quentes e abafados.
  • Se você é obrigado a ficar perto de pacientes com tuberculose (por exemplo, se trabalhar em um posto de saúde onde há pacientes com tuberculose sendo tratados), será preciso tomar medidas de proteção, como usar uma máscara, para assim evitar respirar a bactéria da tuberculose.
Se um amigo ou membro da família tem tuberculose ativa, você pode ajudá-los a se livrar da doença e diminuir seu próprio risco de contrair a tuberculose assegurando-se que eles estão seguindo rigorosamente o tratamento.



Exames diagnósticos



Para o diagnóstico da tuberculose são utilizados, principalmente, os seguintes exames: exame microscópico direto (baciloscopia direta), cultura para micobactéria com identificação de espécie, teste de sensibilidade antimicrobiana, teste rápido para tuberculose (TR-TB) e radiografia de tórax. Além desses exames, recomenda-se que o teste anti-HIV seja oferecido a todas as pessoas com tuberculose.

Para as pessoas com maior risco de adoecimento por tuberculose, como os contatos de pessoas infectadas por tuberculose e pessoas vivendo com o HIV/aids, recomenda-se investigar a infecção latente da tuberculose por meio da prova tuberculínica para tratar, quando indicado, a infecção latente antes que a pessoa adoeça.

Prova tuberculínica

O teste cutâneo para a tuberculose, também denominado prova da tuberculina, prova de Mantoux ou teste de PPD (“purified protein derivative”), revela se a pessoa foi alguma vez infectada pela bactéria que causa a tuberculose. Basicamente, este teste consiste na injeção de proteínas derivadas da bactéria da tuberculose, na pele do antebraço. Cerca de dois a três dias depois, observa-se o local da injeção. O inchaço e vermelhidão indicam, regra geral, um resultado positivo. As infecções provocadas por estas bactérias podem estar ativas ou inativas. O teste da tuberculina não distingue, quando positivo, se a infecção está ativa ou inativa. São a sua intensidade, os dados clínicos (tosse com expectoração, febre) e outros exames complementares de diagnóstico (radiografias do tórax, colheitas de expectoração e avaliações de outros órgãos potencialmente envolvidos) que o definem. Nas infecções ativas, as bactérias estão a reproduzir-se rapidamente e a pessoa é contagiosa quando tosse, tendo de ser tratada. Nas pessoas com infecções inativas, as bactérias estão vivas no interior dos pulmões, mas “adormecidas”. Uma vez que as infecções inativas podem vir, mais tarde, a “acordar” e tornar-se ativas, é importante reconhecê-las e prevenir a sua reativação quando se realizam tratamentos médicos que a possam facilitar.

O que acontece quando o teste é realizado? O médico injeta uma pequena quantidade de líquido (0,1 ml) contendo uma proteína extraída de bactérias da tuberculose (mortas) na parte mais superficial da pele do antebraço, com a ajuda de uma pequena agulha do gênero das utilizadas para administrar insulina. A pessoa pode sentir uma ligeira picada ou ardor com a injeção e ver a formação de uma pequena pápula (inchaço) no local onde o líquido foi injetado, que rapidamente desaparece. O médico costuma desenhar um círculo em volta do local onde foi administrada a injeção e pede para a pessoa evitar lavar essa zona. Em seguida, 48 a 72 horas mais tarde, a pessoa deve regressar para que a área da injeção seja reexaminada. Se a pele se apresentar dura e elevada no local onde foi dada a injeção, o médico mede o tamanho da área indurada. Quanto maior for essa zona, maior a probabilidade da pessoa ter sido infectado pela bactéria da tuberculose em alguma altura do passado ou de ter uma infecção atual. Este teste não consegue distinguir entre uma infecção inativa e ativa. Os doentes que foram vacinados contra a tuberculose (BCG) também podem ter resultados positivos. Os doentes que têm um sistema imunitário enfraquecido ou que têm infecções muito graves pela bactéria da tuberculose podem ter resultados enganadoramente negativos (falsos negativos).


Quais são os riscos do teste? Não existem riscos.

É necessário fazer alguma coisa de especial quando o teste terminar? Quando o teste for positivo, atingindo o seu máximo às 48 – 72 horas depois da injeção (altura em que é feita a leitura), a reação da pele acaba por vir a desaparecer por completo ao fim de poucos dias, de forma inversamente proporcional à sua intensidade – quanto mais intensa, mais dias demora a passar.
Quanto tempo é que demora a saber-se o resultado do teste?

Quanto tempo é que demora a saber-se o resultado do teste? O resultado é conhecido dois ou três dias mais tarde, quando a pele é examinada. Se o teste for positivo, o médico procederá no sentido de avaliar se se trata de uma infecção ativa, inativa ou de uma simples reação à vacinação antiga com o BCG. De acordo com as conclusões, procederá no sentido de dar antibióticos que tratem uma infecção ativa ou previnam uma infecção inativa se tal se mostrar necessário. Se concluir que a positividade do teste é apenas resultado da vacinação prévia com o BCG, não se justifica qualquer tratamento.

Baciloscopia direta



A pesquisa do bacilo álcool-ácido-resistente (baciloscopia) é, atualmente, a técnica mais utilizada no Brasil, não apenas para o diagnóstico, mas também para o controle do tratamento. Desde que executada corretamente em todas as suas fases, permite detectar de 60% a 80% dos casos, com resultado em até 48 horas. Em 2012, dos 59.423 casos de tuberculose pulmonar registrados no País, 86,5% realizaram baciloscopia no momento do diagnóstico, desses 37.800 (73,5%) tiveram o resultado positivo.

Cultura para micobactéria com identificação de espécie

A cultura, o método “padrão ouro” para o diagnóstico da tuberculose, quando associada ao teste de sensibilidade antimicrobiana, permite o diagnóstico da tuberculose resistente. Além disso, nos casos pulmonares com baciloscopia negativa, a cultura de escarro pode aumentar em até 30% o diagnóstico bacteriológico da doença.

O PNCT recomenda a realização de cultura com teste de sensibilidade principalmente para populações consideradas de maior risco de albergarem bacilo resistente, como: pacientes com tratamento prévio; pessoas que vivem com HIV/aids, contatos sintomáticos de pessoas com tuberculose resistente e populações consideradas especiais para o programa.

Nos últimos anos houve o aumento na realização de cultura entre as pessoas em retratamento, no Brasil. Em 2001, 12,5% dessas pessoas realizaram exame de cultura, e em 2011 o percentual subiu para 36,5%. Os resultados preliminares mostram que 32,9% das pessoas em retratamento realizaram exame de cultura em 2012. Algumas UFs, como Roraima e Espírito Santo, já alcançaram percentuais de realização de 100% e 68,4%, respectivamente. A meta do PNCT é realizar o exame em 100% das pessoas em retratamento.


Resultado de imagem para tuberculoseResultado de imagem para tuberculose

Teste rápido para tuberculose



O Ministério da Saúde implantou na rede pública de saúde, o teste rápido para diagnóstico – tecnologia inovadora para o controle da doença que deverá se tornar a principal ferramenta para o diagnóstico de casos novos de tuberculose pulmonar. O teste rápido para o diagnóstico da tuberculose utiliza técnicas de biologia molecular (PCR em tempo real) para identificar o DNA do Mycobacterium tuberculosis, permitindo seu diagnóstico em apenas duas horas.

A proposta do Ministério é substituir a baciloscopia diagnóstica pelo teste rápido, e assim aumentar o número de pessoas identificadas e de diagnóstico precoce, proporcionando a quebra da cadeia de transmissão e o controle da doença. Vale salientar que as baciloscopias de acompanhamento (mensais) continuam sendo fundamentais na manutenção do tratamento de tuberculose.

O novo teste também indica, com alta sensibilidade e especificidade, a resistência à rifampicina, um dos principais medicamentos usados no tratamento básico da doença.

A possibilidade de dispor amplamente de um teste diagnóstico de fácil realização, muito eficiente, com resultado rápido, e que indica a possibilidade de resistência à rifampicina, poderá revolucionar as ações de controle da tuberculose no Brasil.

Teste anti-HIV

Considerando a magnitude e as sérias implicações da coinfecção TB/HIV, recomenda-se que o teste anti-HIV seja oferecido o mais cedo possível a todo indivíduo com diagnóstico estabelecido de tuberculose, independentemente da confirmação bacteriológica.

O profissional de saúde deve abordar com o paciente a possibilidade de associação das duas infecções e os benefícios do diagnóstico e tratamento precoces da infecção pelo HIV, por meio do aconselhamento pré-teste. O teste anti-HIV deve ser realizado com o consentimento do paciente, observando-se o sigilo e confidencialidade do teste, utilizando-se, preferencialmente, algoritmo diagnóstico com testes rápidos para o HIV. Independentemente do resultado da testagem, o aconselhamento pós-teste deve ser realizado. Caso o exame seja positivo, a pessoa deve ser encaminhada a um serviço de atenção especializada a pessoas vivendo com o HIV/aids (SAE) mais próximo de sua residência para dar continuidade ao tratamento da tuberculose e iniciar tratamento de HIV/aids, conforme indicado.

Resultado de imagem para tuberculose

Radiografia de tórax



A radiografia de tórax é método diagnóstico de grande importância na investigação da tuberculose e deve ser solicitada para todo paciente com tiver suspeita clínica de tuberculose pulmonar. Ela tem como funções principais excluir outra doença pulmonar associada, que necessite de tratamento concomitante, avaliar a extensão do acometimento e a evolução radiológica dos pacientes, sobretudo naqueles que não respondem ao tratamento contra a tuberculose.

Diagnóstico da ILTB( Infecção Latente da Tuberculose ) com prova tuberculínica

É particularmente importante na avaliação de contatos assintomáticos de pessoas com tuberculose e em pessoas vivendo com o HIV/aids, uma vez que é utilizada, em adultos e crianças, no diagnóstico de infecção latente pelo M. tuberculosis(ILTB). Na criança também é muito importante como método coadjuvante para o diagnóstico da TB.
A tuberculose é uma doença curável em praticamente 100% das novas ocorrências, desde que a pessoa seja sensível aos medicamentos anti-tuberculose, que sejam obedecidos os princípios básicos da terapia medicamentosa (associação medicamentosa adequada, doses corretas e uso por tempo suficiente) e que haja a adequada operacionalização do tratamento. A esses princípios, soma-se o tratamento diretamente observado (TDO) da tuberculose, que consiste na observação diária da tomada dos medicamentos por um profissional da equipe de saúde ou por alguém por ele supervisionado.
Resultado de imagem para tuberculose

Tratamento

O tratamento deve ser feito por um período mínimo de seis meses, sem interrupção e diariamente.

ATENÇÃO: A TUBERCULOSE TEM CURA, DESDE QUE SEJA DIAGNOSTICADO PRECOCEMENTE E NÃO SEJA INTERROMPIDO O TRATAMENTO, PORTANTO QUALQUER SINAL OU SINTOMA DESCRITOS ACIMA OU SE É CONSIDERADA DE ALTO RISCO DESCRITO ABAIXO, PROCURE UM MÉDICO!!!!

O tratamento da tuberculose dura no mínimo seis meses e, nesse período o estabelecimento de vínculo entre profissional de saúde e usuário é fundamental para que haja adesão do paciente ao tratamento e assim reduzir as chances de abandono para se alcançar a cura. O paciente deve ser orientado, de forma clara, quanto às características da tuberculose e do tratamento a que será submetido: medicamentos, duração e regime de tratamento, benefícios do uso regular dos medicamentos, possíveis consequências do uso irregular dos mesmos e eventos adversos.
Logo nas primeiras semanas de tratamento o paciente se sente melhor e, por isso, precisa ser orientado pelo profissional de saúde a realizar o tratamento até o final, independente da melhora dos sintomas. É importante lembrar que tratamento irregular pode complicar a doença e resultar no desenvolvimento de cepas resistentes aos fármacos.
No Brasil, as taxas de cura foram inferiores à meta estabelecida e as taxas de abandono superiores a 5%, o que aponta a necessidade de ações para melhorar a qualidade na cobertura , estabelecidas ações conjuntas para as três esferas de governo, visando o tratamento adequado e outras medidas de prevenção e controle. Dentre estas, destaca-se a detecção e o tratamento da ILTB, especialmente entre os contatos intra domiciliares.
O Ministério da Saúde destaca outras condições que devem ser consideradas prioritárias no processo de avaliação de contatos e tratamento de ILTB: crianças menores de 5 anos, pessoas portadoras de condições consideradas de alto risco (transplantados e com insuficiência renal).
As crianças e as pessoas com mais de 60 anos são as mais atingidas pela tuberculose. Observamos que tanto as mulheres como os homens são igualmente afetados pela doença.
As pessoas com sistema imunológico mais frágil, tais como aidéticos, diabéticos, pacientes sob tratamento de imunossupressores(sistema imunológico), pessoas que sofrem de doenças pulmonares, entre outros, são os mais atingidos pela tuberculose, pois sua defesa face à bactéria é limitada.
O tabagismo, também está associado a um maior risco de adquirir a doença, de ter recidiva e maior mortalidade pela doença.
Outros grupos de risco são comunidades com alta prevalência de tuberculose, pessoas que tiveram contato com tuberculosos,moradores de abrigos ou asilos, prisioneiros e profissionais da área de saúde.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) tem lançado vários desafios para eliminar a TB no mundo, sendo a estratégia Stop TB um deles. Tem como metas a redução da prevalência e das mortes por TB e a eliminação da doença como problema de saúde pública.
    DICAS IMPORTANTES!!!!!
Certos grupos de pessoas são considerados com mais risco de desenvolver a tuberculose que outros.


Se você se encaixa em algum desses grupos, precisará estar mais atento e se proteger mais contra a exposição à doença. Seguem alguns dos principais grupos de risco:
  • Pessoas com sistema imunológico debilitado, como por exemplo pessoas com HIV-AIDS.
  • Pessoas que vivem ou cuidam de alguém com tuberculose ativa, por exemplo como um parente próximo ou um médico/enfermeiro/a.
  • Pessoas que vivem em lugares lotados, como prisões, enfermarias ou abrigos para sem-teto.
  • Pessoas que abusam das drogas e álcool, e que têm pouco ou nenhum acesso a assistência médica.
  • Pessoas que vivem ou viajar a países onde a tuberculose ativa é comum, como por exemplo países da América Latina, África e partes da Ásia.
Resultado de imagem para ESTILO DE VIDA SAUDAVEL

Leve um estilo de vida saudável.


Pessoas que não estão em boas condições de saúde são mais suscetíveis ao vírus da tuberculose, como também sua resistência a doenças é menor do que em pessoas saudáveis. Portanto, é importante para fazer o melhor de si para levar uma vida saudável.
  • Faça uma dieta saudável e equilibrada, com muitas frutas, vegetais, cereais integrais e carnes magras. Evite alimentos gordurosos, açucarados e processados.
  • Exercite-se com frequência, pelo menos de 3 a 4 vezes por semana. Tente incluir um bom exercício cardiovascular em seus treinos, como correr, nadar ou remar.
  • Reduza o consumo de álcool e evite fumar ou usar drogas.
  • Durma bem e bastante. O ideal é entre 7 e 8 horas por noite.
  • Mantenha uma boa higiene pessoal e tente passar o máximo de tempo possível ao ar livre, ao ar fresco
IMPORTANTE:

TODO O TRATAMENTO É OFERECIDO PELO SUS.
SE ESTIVER COM SINTOMAS DESCRITOS ACIMA, PROCURE UM POSTO DE SAÚDE MAIS PRÓXIMO.
SE FOR DIAGNOSTICADO PELO MÉDICO, TODA A FAMÍLIA DEVERÁ SER EXAMINADA.
NÃO INTERROMPA O TRATAMENTO EM HIPÓTESE ALGUMA.

ATENÇÃO!!!!!

Somente o médico pode diagnosticar uma doença, indicar tratamentos e receitar remédios. As informações deste Blogger possuem apenas caráter informativo.