Tuberculose
A
tuberculose (TB) é uma doença infecciosa e transmissível que afeta
prioritariamente os pulmões. A doença é curável. Anualmente são
notificados cerca de 6 milhões de novos casos em todo o mundo,
levando mais de um milhão de pessoas a óbito. O surgimento da aids
e o aparecimento de focos de tuberculose resistente aos medicamentos
agravam ainda mais esse cenário.
No
Brasil, a tuberculose é sério problema da saúde pública, com
profundas raízes sociais. A cada ano, são notificados
aproximadamente 70 mil casos novos e ocorrem 4,6 mil mortes em
decorrência da doença. O Brasil ocupa o 17º lugar entre os 22
países responsáveis por 80% do total de casos de tuberculose no
mundo.
Nos
últimos 17 anos, a tuberculose apresentou queda de 38,7% na taxa de
incidência e 33,6% na taxa de mortalidade. A tendência de queda em
ambos os indicadores vem-se acelerando ano após ano em um esforço
nacional, coordenado pelo próprio ministro, o que pode determinar o
efetivo controle da tuberculose em futuro próximo, quando a doença
poderá deixar de ser um problema para a saúde pública.
A
tuberculose (TB) constitui-se em problema social e de saúde pública
em todo o mundo, necessitando de medidas mais efetivas para o seu
controle. O diagnóstico precoce da doença é ação essencial para
romper a cadeia de transmissão do bacilo. Considerando-se que a
suscetibilidade ao Mycobcterium tuberculosis (Mbt) é praticamente
universal, o controle dos contatos é uma efetiva medida para
prevenir o adoecimento e diagnosticar precocemente casos de TB ativa.
Descrição da Doença
A
tuberculose é uma doença infecciosa e transmissível, causada pelo
Mycobacterium
tuberculosis,
que afeta prioritariamente os pulmões, embora possa acometer outros
órgãos e sistemas. A apresentação pulmonar, além de ser mais
frequente, é também a mais relevante para a saúde pública, pois é
a principal responsável pela transmissão da doença.
A
enfermagem tem papel fundamental no controle da tuberculose, por meio
da orientação do paciente em relação à infecção latente e à
doença, às formas de transmissão do bacilo, à adesão ao
tratamento completo e adequado e às possíveis consequências da não
adesão. A participação efetiva nas ações gerenciais e
assistenciais instituídas pelo Programa Nacional de Controle da
Tuberculose (PNCT) contribui para melhorar a qualidade da atenção à
saúde, assim como as estatísticas mundiais relacionadas à doença.
Reservatório
O
principal reservatório da tuberculose é o ser humano. Outros
possíveis reservatórios são gado bovino, primatas, aves e outros
mamíferos. No Brasil, não existem estimativas sobre a proporção
de pacientes com tuberculose causada pelo M.
Bovis.
No entanto, é importante que o sistema de saúde esteja atento à
possibilidade de ocorrência desse evento.

Modo
de transmissão
A
tuberculose é uma doença de transmissão aérea, ou seja, que
ocorre a partir da inalação de aerossóis. Ao falar, espirrar e,
principalmente, ao tossir, as pessoas com tuberculose ativa lançam
no ar partículas em forma de aerossóis que contêm bacilos, sendo
denominadas de, bacilíferas.
As
formas bacilíferas são, em geral, a tuberculose pulmonar e a
laríngea. Calcula-se que, durante um ano, numa comunidade, um
indivíduo que tenha baciloscopia positiva pode infectar, em média,
de 10 a 15 pessoas. Bacilos que se depositam em roupas, lençóis,
copos e outros objetos dificilmente se dispersam em aerossóis e, por
isso, não desempenham papel importante na transmissão da doença.
Período
de incubação
Embora,
o risco de adoecimento seja maior nos primeiros dois anos após a
primeira infecção, uma vez infectada a pessoa pode adoecer em
qualquer momento de sua vida.
Como
se transmite?
A
transmissão é direta, de pessoa a pessoa. O doente expele, ao
falar, espirrar ou tossir, pequenas gotas de saliva que contêm o
agente infeccioso e podem ser aspiradas por outro indivíduo
contaminando-o. Somente 5% a 10% dos infectados pelo bacilo de Koch
adquirem a doença. Pessoas vivendo com HIV/aids, diabetes,
insuficiência renal crônica, desnutridas, idosos doentes, usuários
de álcool e outras drogas e tabagistas são mais propensos a
contrair a tuberculose.
A
transmissão da tuberculose é plena enquanto o indivíduo estiver
eliminando bacilos. Com o início do esquema terapêutico adequado, a
transmissão tende a diminuir gradativamente e, em geral, após 15
dias de tratamento chega a níveis insignificantes. No entanto, o
ideal é que as medidas de controle de infecção pelo M.
tuberculosissejam
implantadas até haja a negativação da baciloscopia. Crianças com
tuberculose pulmonar geralmente são negativas à baciloscopia.
Orientações
Sinais
e sintomas
Alguns
pacientes não exibem nenhum indício da doença, outros apresentam
sintomas aparentemente simples que são ignorados durante alguns anos
(ou meses). Contudo, na maioria das pessoas infectadas, os sinais e
sintomas mais frequentemente descritos são tosse seca contínua no
início dos sintomas, depois com presença de secreção por mais de
quatro semanas, transformando-se, na maioria das vezes, em uma tosse
com pus ou sangue; cansaço excessivo; febre baixa geralmente à
tarde; sudorese noturna; falta de apetite; palidez; emagrecimento
acentuado; rouquidão; fraqueza e prostração. Os casos graves
apresentam dificuldade na respiração; eliminação de grande
quantidade de sangue, colapso do pulmão e acúmulo de pus na pleura
(membrana que reveste o pulmão) - se houver comprometimento dessa
membrana, pode ocorrer dor torácica.
A apresentação da
tuberculose na forma pulmonar, além de ser mais frequente, é também
a mais relevante para a saúde pública, pois é essa forma,
especialmente a positiva à baciloscopia, a principal responsável
pela transmissão da doença que se dá por via aérea.
No
entanto, não raramente, a tuberculose pode manifestar-se sob
diferentes apresentações clínicas, que podem estar relacionadas
com idade, imunodepressão e órgão acometido. Assim, outros sinais
e sintomas, além da tosse, devem ser valorizados.
Na
tuberculose pulmonar, em adolescentes e adultos jovens, o principal
sintoma é a tosse (seca ou produtiva, com expectoração purulenta
ou mucoide, com ou sem sangue). Por isso, recomenda-se que todo
sintomático respiratório (pessoa com tosse por três semanas ou
mais) seja investigado para a tuberculose.
Considerando que há
maior risco de adoecimento por tuberculose entre as populações mais
vulneráveis, para esses grupos recomenda-se investigar a tuberculose
utilizando pontos de corte diferenciados quanto à tosse, conforme o
quadro abaixo:
Populações
vulneráveis
|
Tempo
de tosse
|
Indígenas
|
Duas
semanas ou mais
|
Pessoas
privadas de liberdade
|
|
Pessoas
que vivem com o HIV/aids
|
|
Pessoas
em situação de rua
|
Independentemente
do tempo de sintoma
|
Há
outros sinais e sintomas que podem estar presentes, tais como: febre
vespertina (no final da tarde), sudorese noturna (suor durante a
noite), anorexia(falta de apetite) e emagrecimento.
Em
crianças menores de 10 anos as manifestações clínicas podem
variar bastante. O achado clínico que chama a atenção na maioria
dos casos é a febre, habitualmente moderada, persistente por 15 dias
ou mais e frequentemente vespertina. São comuns irritabilidade,
tosse, inapetência, perda de peso e sudorese noturna. Muitas vezes,
a suspeita de tuberculose em crianças surge com diagnóstico de
pneumonia sem melhora com o uso de antimicrobianos para germes
comuns.
Quando a tuberculose é extrapulmonar, os sinais e
sintomas dependem dos órgãos e/ou sistemas acometidos. A forma
extrapulmonar ocorre mais comumente em pessoas que vivem com o
HIV/aids, especialmente entre aquelas com grave comprometimento
imunológico.
A tosse é o principal sintoma e se manifesta em
98% dos doentes de tuberculose pulmonar.
- Aos primeiros sintomas, procure um serviço de saúde. Quanto mais rápido for feito o diagnóstico, menor será a chance de contaminação das pessoas da família.
- As condições de habitação são importantes para diminuir o contágio. Mantenha a casa limpa, ventilada e deixe o sol entrar.
- Uma boa nutrição diminui o risco de adoecimento e aumenta a possibilidade de cura. Procure alimentar-se bem.
- Em caso de dúvida procure o serviço de saúde mais próximo de sua residência.

Como
se prevenir?
Para
prevenir a doença é necessário imunizar as crianças
obrigatoriamente no primeiro ano de vida ou no máximo até quatro
anos, com a vacina BCG. Crianças soropositivas ou recém-nascidas
que apresentam sinais ou sintomas de aids não devem receber a
vacina. A prevenção inclui evitar aglomerações, especialmente em
ambientes fechados, mal ventilados e sem iluminação solar. A
tuberculose não se transmite por objetos compartilhados.
Medidas
de saúde pública, como rastrear e diagnosticar precocemente os
portadores de tuberculose e seus contactantes para iniciar o
tratamento o mais rápido possível é a melhor forma de cortar a
corrente de contágio da doença. Para ter a ideia da eficácia
disso, em menos de duas semanas de tratamento adequado, o paciente já
não transmite mais o bacilo.
A melhoria das condições de
vida, como saneamento, habitação, manter hábitos de higiene e
alimentação adequados também são formas de prevenir a doença.
Pessoas que vivem em condições precárias, por exemplo, em
aglomerados e má condição alimentar estão mais suscetíveis a
contrair e desenvolver a tuberculose. Uma forma de garantir um
diagnóstico precoce e tratamento adequado desta doença é procurar
um pneumologista ou um posto de saúde caso tenha sintomas
respiratórios que persistam por mais de duas semanas.
Crianças soropositivas ou recém-nascidas que apresentam sinais ou sintomas de aids não devem receber a vacina. A prevenção inclui evitar aglomerações, especialmente em ambientes fechados, mal ventilados e sem iluminação solar. A tuberculose não se transmite por objetos compartilhados.
Evite
ficar exposto a pessoas com tuberculose ativa.
Obviamente
a precaução mais importante a se tomar para prevenir a doença é
evitar ficar perto de pessoas com tuberculose ativa, o que é
altamente contagioso, principalmente se você já fez exame de
tuberculose latente e deu positivo. Mais especificamente:
- Não passe muito tempo com alguém que tem uma infecção ativa de tuberculose, principalmente se essa pessoa recebeu tratamento há menos de duas semanas. Em particular, é importante evitar passar tempo com pacientes com tuberculose em quartos quentes e abafados.
- Se você é obrigado a ficar perto de pacientes com tuberculose (por exemplo, se trabalhar em um posto de saúde onde há pacientes com tuberculose sendo tratados), será preciso tomar medidas de proteção, como usar uma máscara, para assim evitar respirar a bactéria da tuberculose.
Se
um amigo ou membro da família tem tuberculose ativa, você pode
ajudá-los a se livrar da doença e diminuir seu próprio risco de
contrair a tuberculose assegurando-se que eles estão seguindo
rigorosamente o tratamento.
Exames
diagnósticos
Para
o diagnóstico da tuberculose são utilizados, principalmente, os
seguintes exames: exame microscópico direto (baciloscopia direta),
cultura para micobactéria com identificação de espécie, teste de
sensibilidade antimicrobiana, teste rápido para tuberculose (TR-TB)
e radiografia de tórax. Além desses exames, recomenda-se que o
teste anti-HIV seja oferecido a todas as pessoas com
tuberculose.
Para as pessoas com maior risco de adoecimento
por tuberculose, como os contatos de pessoas infectadas por
tuberculose e pessoas vivendo com o HIV/aids, recomenda-se investigar
a infecção latente da tuberculose por meio da prova tuberculínica
para tratar, quando indicado, a infecção latente antes que a pessoa
adoeça.
Prova
tuberculínica
O
teste cutâneo para a tuberculose, também denominado prova da
tuberculina, prova de Mantoux ou teste de PPD (“purified protein
derivative”), revela se a pessoa foi alguma vez infectada pela
bactéria que causa a tuberculose. Basicamente, este teste consiste
na injeção de proteínas derivadas da bactéria da tuberculose, na
pele do antebraço. Cerca de dois a três dias depois, observa-se o
local da injeção. O inchaço e vermelhidão indicam, regra geral,
um resultado positivo. As infecções provocadas por estas bactérias
podem estar ativas ou inativas. O teste da tuberculina não
distingue, quando positivo, se a infecção está ativa ou inativa.
São a sua intensidade, os dados clínicos (tosse com expectoração,
febre) e outros exames complementares de diagnóstico (radiografias
do tórax, colheitas de expectoração e avaliações de outros
órgãos potencialmente envolvidos) que o definem. Nas infecções
ativas, as bactérias estão a reproduzir-se rapidamente e a pessoa é
contagiosa quando tosse, tendo de ser tratada. Nas pessoas com
infecções inativas, as bactérias estão vivas no interior dos
pulmões, mas “adormecidas”. Uma vez que as infecções inativas
podem vir, mais tarde, a “acordar” e tornar-se ativas, é
importante reconhecê-las e prevenir a sua reativação quando se
realizam tratamentos médicos que a possam facilitar.
O
que acontece quando o teste é realizado? O
médico injeta uma pequena quantidade de líquido (0,1 ml) contendo
uma proteína extraída de bactérias da tuberculose (mortas) na
parte mais superficial da pele do antebraço, com a ajuda de uma
pequena agulha do gênero das utilizadas para administrar insulina. A
pessoa pode sentir uma ligeira picada ou ardor com a injeção e ver
a formação de uma pequena pápula (inchaço) no local onde o
líquido foi injetado, que rapidamente desaparece. O médico costuma
desenhar um círculo em volta do local onde foi administrada a
injeção e pede para a pessoa evitar lavar essa zona. Em seguida, 48
a 72 horas mais tarde, a pessoa deve regressar para que a área da
injeção seja reexaminada. Se a pele se apresentar dura e elevada no
local onde foi dada a injeção, o médico mede o tamanho da área
indurada. Quanto maior for essa zona, maior a probabilidade da pessoa
ter sido infectado pela bactéria da tuberculose em alguma altura do
passado ou de ter uma infecção atual. Este teste não consegue
distinguir entre uma infecção inativa e ativa. Os doentes que foram
vacinados contra a tuberculose (BCG) também podem ter resultados
positivos. Os doentes que têm um sistema imunitário enfraquecido ou
que têm infecções muito graves pela bactéria da tuberculose podem
ter resultados enganadoramente negativos (falsos negativos).
Quais
são os riscos do teste? Não
existem riscos.
É
necessário fazer alguma coisa de especial quando o teste terminar?
Quando
o teste for positivo, atingindo o seu máximo às 48 – 72 horas
depois da injeção (altura em que é feita a leitura), a reação da
pele acaba por vir a desaparecer por completo ao fim de poucos dias,
de forma inversamente proporcional à sua intensidade – quanto mais
intensa, mais dias demora a passar.
Quanto
tempo é que demora a saber-se o resultado do teste?
Quanto
tempo é que demora a saber-se o resultado do teste? O
resultado é conhecido dois ou três dias mais tarde, quando a pele é
examinada. Se o teste for positivo, o médico procederá no sentido
de avaliar se se trata de uma infecção ativa, inativa ou de uma
simples reação à vacinação antiga com o BCG. De acordo com as
conclusões, procederá no sentido de dar antibióticos que tratem
uma infecção ativa ou previnam uma infecção inativa se tal se
mostrar necessário. Se concluir que a positividade do teste é
apenas resultado da vacinação prévia com o BCG, não se justifica
qualquer tratamento.
Baciloscopia
direta
A
pesquisa do bacilo álcool-ácido-resistente (baciloscopia) é,
atualmente, a técnica mais utilizada no Brasil, não apenas para o
diagnóstico, mas também para o controle do tratamento. Desde que
executada corretamente em todas as suas fases, permite detectar de
60% a 80% dos casos, com resultado em até 48 horas. Em 2012, dos
59.423 casos de tuberculose pulmonar registrados no País, 86,5%
realizaram baciloscopia no momento do diagnóstico, desses 37.800
(73,5%) tiveram o resultado positivo.
Cultura
para micobactéria com identificação de espécie
A
cultura, o método “padrão ouro” para o diagnóstico da
tuberculose, quando associada ao teste de sensibilidade
antimicrobiana, permite o diagnóstico da tuberculose resistente.
Além disso, nos casos pulmonares com baciloscopia negativa, a
cultura de escarro pode aumentar em até 30% o diagnóstico
bacteriológico da doença.
O PNCT recomenda a realização de
cultura com teste de sensibilidade principalmente para populações
consideradas de maior risco de albergarem bacilo resistente, como:
pacientes com tratamento prévio; pessoas que vivem com HIV/aids,
contatos sintomáticos de pessoas com tuberculose resistente e
populações consideradas especiais para o programa.
Nos
últimos anos houve o aumento na realização de cultura entre as
pessoas em retratamento, no Brasil. Em 2001, 12,5% dessas pessoas
realizaram exame de cultura, e em 2011 o percentual subiu para 36,5%.
Os resultados preliminares mostram que 32,9% das pessoas em
retratamento realizaram exame de cultura em 2012. Algumas UFs, como
Roraima e Espírito Santo, já alcançaram percentuais de realização
de 100% e 68,4%, respectivamente. A meta do PNCT é realizar o exame
em 100% das pessoas em retratamento.
Teste
rápido para tuberculose
O
Ministério da Saúde implantou na rede pública de saúde,
o teste rápido para diagnóstico – tecnologia inovadora para o
controle da doença que deverá se tornar a principal ferramenta para
o diagnóstico de casos novos de tuberculose pulmonar. O teste rápido
para o diagnóstico da tuberculose utiliza técnicas de biologia
molecular (PCR em tempo real) para identificar o DNA do Mycobacterium
tuberculosis, permitindo seu diagnóstico em apenas duas horas.
A
proposta do Ministério é substituir a baciloscopia diagnóstica
pelo teste rápido, e assim aumentar o número de pessoas
identificadas e de diagnóstico precoce, proporcionando a quebra da
cadeia de transmissão e o controle da doença. Vale salientar que as
baciloscopias de acompanhamento (mensais) continuam sendo
fundamentais na manutenção do tratamento de tuberculose.
O
novo teste também indica, com alta sensibilidade e especificidade, a
resistência à rifampicina, um dos principais medicamentos usados no
tratamento básico da doença.
A possibilidade de dispor
amplamente de um teste diagnóstico de fácil realização, muito
eficiente, com resultado rápido, e que indica a possibilidade de
resistência à rifampicina, poderá revolucionar as ações de
controle da tuberculose no Brasil.
Teste
anti-HIV
Considerando
a magnitude e as sérias implicações da coinfecção TB/HIV,
recomenda-se que o teste anti-HIV seja oferecido o mais cedo possível
a todo indivíduo com diagnóstico estabelecido de tuberculose,
independentemente da confirmação bacteriológica.
O
profissional de saúde deve abordar com o paciente a possibilidade de
associação das duas infecções e os benefícios do diagnóstico e
tratamento precoces da infecção pelo HIV, por meio do
aconselhamento pré-teste. O teste anti-HIV deve ser realizado com o
consentimento do paciente, observando-se o sigilo e confidencialidade
do teste, utilizando-se, preferencialmente, algoritmo diagnóstico
com testes rápidos para o HIV. Independentemente do resultado da
testagem, o aconselhamento pós-teste deve ser realizado. Caso o
exame seja positivo, a pessoa deve ser encaminhada a um serviço de
atenção especializada a pessoas vivendo com o HIV/aids (SAE) mais
próximo de sua residência para dar continuidade ao tratamento da
tuberculose e iniciar tratamento de HIV/aids, conforme indicado.
Radiografia
de tórax
A
radiografia de tórax é método diagnóstico de grande importância
na investigação da tuberculose e deve ser solicitada para todo
paciente com tiver suspeita clínica de tuberculose pulmonar. Ela tem
como funções principais excluir outra doença pulmonar associada,
que necessite de tratamento concomitante, avaliar a extensão do
acometimento e a evolução radiológica dos pacientes, sobretudo
naqueles que não respondem ao tratamento contra a
tuberculose.
Diagnóstico
da ILTB( Infecção Latente da Tuberculose ) com prova
tuberculínica
É
particularmente importante na avaliação de contatos assintomáticos
de pessoas com tuberculose e em pessoas vivendo com o HIV/aids, uma
vez que é utilizada, em adultos e crianças, no diagnóstico de
infecção latente pelo M. tuberculosis(ILTB). Na criança também é
muito importante como método coadjuvante para o diagnóstico da TB.
A
tuberculose é uma doença curável em praticamente 100% das novas
ocorrências, desde que a pessoa seja sensível aos medicamentos
anti-tuberculose, que sejam obedecidos os princípios básicos da
terapia medicamentosa (associação medicamentosa adequada, doses
corretas e uso por tempo suficiente) e que haja a adequada
operacionalização do tratamento. A esses princípios, soma-se o
tratamento diretamente observado (TDO) da tuberculose, que consiste
na observação diária da tomada dos medicamentos por um
profissional da equipe de saúde ou por alguém por ele
supervisionado.
Tratamento
O
tratamento deve ser feito por um período mínimo de seis meses, sem
interrupção e diariamente.
ATENÇÃO:
A TUBERCULOSE TEM CURA, DESDE QUE SEJA DIAGNOSTICADO PRECOCEMENTE E
NÃO SEJA INTERROMPIDO O TRATAMENTO, PORTANTO QUALQUER SINAL OU
SINTOMA DESCRITOS ACIMA OU SE É CONSIDERADA DE ALTO RISCO DESCRITO
ABAIXO, PROCURE UM MÉDICO!!!!
O
tratamento da tuberculose dura no mínimo seis meses e, nesse período
o estabelecimento de vínculo entre profissional de saúde e usuário
é fundamental para que haja adesão do paciente ao tratamento e
assim reduzir as chances de abandono para se alcançar a cura. O
paciente deve ser orientado, de forma clara, quanto às
características da tuberculose e do tratamento a que será
submetido: medicamentos, duração e regime de tratamento, benefícios
do uso regular dos medicamentos, possíveis consequências do uso
irregular dos mesmos e eventos adversos.
Logo
nas primeiras semanas de tratamento o paciente se sente melhor e, por
isso, precisa ser orientado pelo profissional de saúde a realizar o
tratamento até o final, independente da melhora dos sintomas. É
importante lembrar que tratamento irregular pode complicar a doença
e resultar no desenvolvimento de cepas resistentes aos fármacos.
No
Brasil, as taxas de cura foram inferiores à meta estabelecida e as
taxas de abandono superiores a 5%, o que aponta a necessidade de
ações para melhorar a qualidade na cobertura , estabelecidas ações
conjuntas para as três esferas de governo, visando o tratamento
adequado e outras medidas de prevenção e controle. Dentre estas,
destaca-se a detecção e o tratamento da ILTB, especialmente entre
os contatos intra domiciliares.
As
crianças
e as pessoas com mais
de 60 anos são as mais
atingidas pela tuberculose. Observamos que tanto as mulheres como os
homens são igualmente afetados pela doença.
As
pessoas com sistema
imunológico mais frágil,
tais como
aidéticos,
diabéticos, pacientes sob tratamento de imunossupressores(sistema
imunológico), pessoas que sofrem de doenças pulmonares, entre
outros, são os mais atingidos pela tuberculose, pois sua defesa face
à bactéria é limitada.
O
tabagismo, também está associado a um maior risco de adquirir a
doença, de ter recidiva e maior mortalidade pela doença.
Outros
grupos de risco são comunidades com alta prevalência de
tuberculose, pessoas que tiveram contato com tuberculosos,moradores
de abrigos ou asilos, prisioneiros e profissionais da área de saúde.
A
Organização Mundial de Saúde (OMS) tem lançado vários desafios
para eliminar a TB no mundo, sendo a estratégia Stop TB um deles.
Tem como metas a redução da prevalência e das mortes por TB e a
eliminação da doença como problema de saúde pública.
Certos
grupos de pessoas são considerados com mais risco de desenvolver a
tuberculose que outros.
Se
você se encaixa em algum desses grupos, precisará estar mais atento
e se proteger mais contra a exposição à doença. Seguem alguns dos
principais grupos de risco:
- Pessoas com sistema imunológico debilitado, como por exemplo pessoas com HIV-AIDS.
- Pessoas que vivem ou cuidam de alguém com tuberculose ativa, por exemplo como um parente próximo ou um médico/enfermeiro/a.
- Pessoas que vivem em lugares lotados, como prisões, enfermarias ou abrigos para sem-teto.
- Pessoas que abusam das drogas e álcool, e que têm pouco ou nenhum acesso a assistência médica.
- Pessoas que vivem ou viajar a países onde a tuberculose ativa é comum, como por exemplo países da América Latina, África e partes da Ásia.
Leve
um estilo de vida saudável.
Pessoas
que não estão em boas condições de saúde são mais suscetíveis
ao vírus da tuberculose, como também sua resistência a doenças é
menor do que em pessoas saudáveis. Portanto, é importante para
fazer o melhor de si para levar uma vida saudável.
- Faça uma dieta saudável e equilibrada, com muitas frutas, vegetais, cereais integrais e carnes magras. Evite alimentos gordurosos, açucarados e processados.
- Exercite-se com frequência, pelo menos de 3 a 4 vezes por semana. Tente incluir um bom exercício cardiovascular em seus treinos, como correr, nadar ou remar.
- Reduza o consumo de álcool e evite fumar ou usar drogas.
- Durma bem e bastante. O ideal é entre 7 e 8 horas por noite.
- Mantenha uma boa higiene pessoal e tente passar o máximo de tempo possível ao ar livre, ao ar fresco
IMPORTANTE:
TODO
O TRATAMENTO É OFERECIDO PELO SUS.
SE
ESTIVER COM SINTOMAS DESCRITOS ACIMA, PROCURE UM POSTO DE SAÚDE MAIS
PRÓXIMO.
SE
FOR DIAGNOSTICADO PELO MÉDICO, TODA A FAMÍLIA DEVERÁ SER
EXAMINADA.
NÃO
INTERROMPA O TRATAMENTO EM HIPÓTESE ALGUMA.
ATENÇÃO!!!!!
Somente
o médico pode diagnosticar uma doença, indicar tratamentos e
receitar remédios. As informações deste Blogger possuem apenas
caráter informativo.