
DIABETES
Origem:
Wikipédia, a enciclopédia livre.
A
diabetes é uma doença caracterizada pelo excesso de açúcar no
sangue, que pode ser causada pela má alimentação e/ou por fatores
genéticos e seu tratamento deve ser feito por toda a vida.
Para
prevenir complicações, é importante que pessoas com fatores de
risco testem regularmente seu nível de glicose. Cerca de 50% dos
diabéticos não sabem que possuem essa doença.
Ao
contrário dos outros tipos de açúcares, o betaglucano,
retirado do capim-natal-rosa, pode diminuir a quantidade de glicose
da corrente sanguínea.
O
diabetes melito (em latim,
diabetes mellitus), também conhecido como diabetes sacarino,
diabetes sacarina, diabetes
e
diabete,
é
uma doença metabólica
caracterizada
por um aumento anormal do açúcar
ou
glicose no sangue.
A
glicose é a principal fonte de energia do organismo porém, quando
em excesso, pode trazer várias complicações à saúde como por
exemplo o excesso de sono no estágio inicial, problemas de cansaço
e problemas físico-táticos em efetuar as tarefas desejadas.
Quando não tratada adequadamente, podem ocorrer complicações
comoataque
cardíaco,
derrame
cerebral,
insuficiência
renal,
problemas
na visão,
amputação
do
pé e lesões de difícil cicatrização,
dentre outras complicações.
Embora
ainda não haja uma cura definitiva para a/o diabetes (a palavra
tanto pode ser feminina como masculina), há vários tratamentos
disponíveis que, quando seguidos de forma regular, proporcionam
saúde e qualidade de vida para o paciente portador.
Diabetes
é uma doença bastante comum no mundo, especialmente na América
do Norte e norte da Europa, acometendo cerca de 7,6% da população
adulta entre 30 e 69 anos e 0,3% das gestantes. Alterações da
tolerância à glicose são observadas em 12% dos indivíduos
adultos e em 7% das grávidas. Porém estima-se que cerca de 50%
dos portadores de diabetes desconhecem o diagnóstico.
Segundo uma
projeção internacional, com o aumento do sedentarismo, obesidade
e envelhecimento da população o número de pessoas com diabetes
no mundo vai aumentar em mais de 50%, passando de 380 milhões em
2025.
"Diabetes"
provém do grego
diabétes,
através do latim
diabetes.Mellitusé
o termo latino para "mel" e é uma referência à urina
com excesso de glicose
do
portador da doença.
Em
2005 a OMS estimava que cerca de 5,1% da população mundial entre
20 e 79 anos sofria dessa doença. Mas com o aumento da obesidade,
sedentarismo e envelhecimento da população o número de casos
deve duplicar até 2025, subindo de cerca de 200 milhões para 400
milhões de pessoas.
A
diabetes afeta cerca de 12% da população no Brasil
(aproximadamente 22 milhões de pessoas)
e 5% da
população de Portugal (500 mil pessoas).
A
diabetes tipo 1 ocorre em frequência menor em indivíduos negros
e asiáticos
e
com frequência maior na população europeia, principalmente nas
populações provenientes de regiões do norte da Europa.
A frequência entre japoneses é cerca de 20 vezes menor que entre
escandinavos.Em São Paulo a incidência do tipo 1 é de 7,6 casos
a cada 100.000 habitantes.
De
acordo com a Organização
Mundial da Saúde,
em 2006 havia cerca de 170 milhões de pessoas doentes da diabetes,
e esse índice aumenta rapidamente. É estimado que em 2030 esse
número dobre. A Diabetes Mellitus ocorre em todo o mundo, mas é
mais comum (especialmente a tipo II) nos países mais
desenvolvidos. O maior aumento atualmente é esperado na Ásia
e
na África,
onde a maioria dos diabéticos será visto em 2035. O aumento do
índice de diabetes em países em desenvolvimento segue a tendência
de urbanização e mudança de estilos de vida.
A
diabetes está na lista das 5 doenças de maior índice de morte no
mundo, e está chegando cada vez mais perto do topo da lista. Por
pelo menos 20 anos, o número de diabéticos na América do Norte
está aumentando consideravelmente. Em 2005, eram em torno de 20,8
milhões de pessoas com diabetes somente nos Estados Unidos. De
acordo com a American Diabetes Association existem cerca de 6,2
milhões de pessoas não diagnosticadas e cerca de 41 milhões de
pessoas que poderiam ser consideradas pré-diabéticas. Os Centros
de Controles de Doenças classificaram o aumento da doença como
epidêmico, e a NDIC (National Diabetes Information Clearinghouse)
fez uma estimativa de US$132 bilhões de dólares, somente para os
Estados Unidos este ano.

O
tipo 1 representa cerca de 8-10% e o tipo 2 cerca de 85-90% dos
casos
I.
Diabetes
mellitus tipo 1
Destruição
das células beta do pâncreas (mais especificamente, das ilhotas
pancreáticas), usualmente levando à deficiência completa de
insulina, já que sua produção ocorre nesse órgão.
Autoimune:
diopático
(causa desconhecida)
Diabetes
mellitus tipo 2
Graus
variados de diminuição de secreção e resistência à insulina
Outros
tipos específicos
Defeitos
genéticos da função da célula β
Defeitos
genéticos da ação da insulina
Doenças
do pâncreas exócrino
Endocrinopatias
Indução
por drogas ou produtos químicos
Infecções
Formas
incomuns de diabetes imunomediado
IV.Diabetes
gestacional.
Dr.
Arthur
Frazão
(Médico).
A
tríade clássica dos sintomas
da
diabetes:
poliúria
(aumento
do volume urinário);
polidipsia
(sede
aumentada e aumento de ingestão de líquidos);
polifagia
(apetite
aumentado).
perda
de peso;
visão
turva;
cetoacidose
diabética;
síndrome
hiperosmolar hiperglicêmica não cetótica.
Pode
ocorrer perda
de peso.
Estes sintomas podem se desenvolver bastante rapidamente no tipo 1,
particularmente em crianças (semanas ou meses) ou pode ser sutil
ou completamente ausente — assim como pode se desenvolver muito
mais lentamente — no tipo 2. No tipo 1 pode haver também perda
de peso (apesar da fome aumentada ou normal) e fadiga.
Estes sintomas podem também se manifestar na diabetes tipo 2 em
pacientes cuja diabetes é mal controlada.
Problemas
de visão atingem 40% dos diabéticos insulinodependentes e e 20%
dos diabéticos não insulinodependentes. Sendo mais comum em
mulheres e entre os 30 aos 65 anos. Caso não seja tratado pode
causar catarata,
glaucoma
e
cegueira.
Depois de 10 anos de doença, problemas de visão atingem 50% dos
pacientes e depois de 30 anos atingem 90%.
Os
sintomas da diabetes estão relacionados com a alta concentração
de açúcar no sangue mas geralmente levam anos para se manifestar,
e por isso é comum o indivíduo descobrir que é diabético
através do exame da glicose, mesmo sem ter percebido nenhum
sintoma na vida.

Idade
acima de 45 anos;
Obesidade
(>120%
peso ideal ou índice de massa corporal Ž 25 kg/m2);
História
familiar de diabetes em parentes de 1° grau;
Diabetes
gestacional ou
macrossomia prévia;
Hipertensão
arterial sistêmica;
Colesterol
HDL abaixo
de 35 mg/dl e/ou triglicerídeos
acima
de 250 mg/dl;
Alterações
prévias da regulação da glicose;
Indivíduos
membros de populações de risco (negros, hispânicos, escandinavos
e indígenas).
O
diagnóstico do diabetes normalmente é feito com base na
verificação das alterações da glicose no sangue em jejum e após
ingestão de grandes doses de açúcar em dois dias diferentes.
Para realizar o teste
confirmatório do Diabetes o paciente deve permanecer em jejum de
8h (é permitido beber água) antes da primeira coleta de sangue.
Em seguida deve-se ingerir 75g de glicose anidra (ou 82,5g de
glicose monoidratada), dissolvidas em 250-300ml de água, em no
máximo 5 minutos. Uma nova coleta de sangue é feita 2 horas após
a ingestão de glicose. Durante a espera o paciente não pode fumar
e deve permanecer em repouso.
A
diabetes mellitus é caracterizada pela hiperglicemia recorrente ou
persistente, e é diagnosticada ao se demonstrar qualquer um dos
itens seguintes:
Nível
plasmático de glicose em jejum de 8h maior ou igual a 126 mg/dL
(7,0 mmol/l)em duas ocasiões.
Nível
plasmático de glicose maior ou igual a 200 mg/dL ou 11,1 mmol/l
duas horas após ingerir uma dose de 75g de glicose anidra em duas
ocasiões.
Nível
plasmático de glicose aleatória em ou acima de 200 mg/dL ou 11,1
mmol/l associados a sinais e sintomas típicos de diabetes.
Não
é necessário fazer o reteste caso o paciente já possua os
sintomas característicos. Caso o nível de glicose esteja entre
140 e 200 após a ingestão da glicose anidra é diagnosticado uma
tolerância
à glicose diminuída,
conhecida como pré-diabetes e que exige que o paciente faça
atividade física regular, perca peso e reduza muito seu consumo de
carboidratos para não desenvolver diabetes. O mesmo vale para
pessoas com nível de glicose no sangue em jejum entre 110 e 126,
sendo assim diagnosticados com glicose plasmática de jejum
alterada.
Caso
a paciente esteja grávida,
um nível de glicose acima de 110 em jejum ou de 140 após ingerir
75g de glicose já é suficiente para indicar diabetes gestacional.
No
Brasil, 40% têm excesso de peso e 10 a 15 % têm obesidade e
o aumento do tecido gorduroso leva à produção exagerada de
substâncias que interferem com a ação da insulina produzida pelo
pâncreas.
Defeitos
genéticos no funcionamento da célula β (beta):
Mutações
no DNA mitocondrial
Defeitos
genéticos no processamento de insulina
ou ação da
insulina
Defeitos
na conversão pró-insulina
Mutações
de gene responsável pela produção de insulina
Mutações
de receptor da insulina
Defeitos
do pâncreas
exócrino
Pancreatite
crônica
Pancreatectomia
Neoplasia
do
pâncreas
Fibrose
cística
Hemocromatose
Pancreatopatia
fibrocalcular
Endocrinopatias
Excesso
de hormônio
do crescimento (acromegalia)
Síndrome
de Cushing
Hipertireoidismo
Feocromocitoma
Glucagonoma
Infecções
virais
Infecção
por citomegalovírus
Infecção
pelo Coxsackievirus
B4
Drogas
Glicocorticoides
Hormônio
da tireoide
Agonista
beta-adrenérgicos
Insulite,
uma infiltração inflamatória das ilhotas de Langerhans (no
pâncreas), que precede o desenvolvimento do diabetes autoimune
Ambos os tipos 1 e 2
tem fatores genéticos importantes, sendo o principal fator
desencadeante de 20-30% dos casos de tipo 1 e de 5-10% dos casos de
diabetes tipo 2. Geralmente essa predisposição genética resulta
em disfunção do pâncreas na produção de insulina. O tipo 1 é
desencadeado mais cedo, atingindo crianças e adolescentes
(principalmente por volta dos 10 aos 14 anos), justamente pelo
fator genético. Pode ter tanto origem monogênica (um único gene
defeituoso em áreas centrais da produção de insulina) quanto
poligênica (vários genes em áreas secundárias). Os estudos
indicam por volta de 20 genes responsáveis mas apenas 13 foram
comprovados.
Estudos indicam que
cerca de 12% da população ocidental possui um ou mais genes
favoráveis ao desenvolvimento de diabetes.
A
diabetes tipo 2 (diabetes mellitus tipo 2) também tem um fator
genético, ocorrendo simultaneamente em 50 a 80% dos gêmeos
idênticos e 20% dos não idênticos. Entre os Pima
(nativos
americanos do Arizona)
50% da população desenvolve a Diabetes Mellitus tipo 2 enquanto
em certos grupos orientais atinge menos de 1%.Porém, é importante
lembrar que mesmo com uma genética favorável, hábitos saudáveis
servem para prevenir e adiar o aparecimento dessa doença que
acomete geralmente apenas os obesos, hipertensos e dislipidêmicos
(que compreendem de 90-95% de todos os casos).
O diabetes é resultado de um
defeito na secreção de insulina e/ou em sua recepção pelas
células beta no pâncreas
As
células beta produzem insulina quando a glicose está alta, por
exemplo, depois de digerir carboidratos, e as células alfa
produzem glucagon quando a glicose está baixa, por exemplo,
durante o jejum ou em situação estressante.
O
pâncreas
é
o órgão
responsável
pela produção do hormônio
denominado
insulina.
Este hormônio é responsável pela regulação
da glicemia(glicemia:
nível de glicose
no
sangue). Para que as células das diversas partes do corpo humano
possam realizar o processo de respiração
aeróbica(utilizar
glicose como fonte de energia), é necessário que a glicose esteja
presente na célula.
Portanto, as células possuem receptores de insulina (tirosina
quínase) que, quando acionados "abrem" a membrana
celular para a entrada da glicose presente na circulação
sanguínea. Uma falha na produção de insulina resulta em altos
níveis de glicose no sangue,
já que esta última não é devidamente dirigida ao interior das
células.
Visando
manter a glicemia constante, o pâncreas também produz outro
hormônio antagônico à insulina, denominado glucagon.
Ou seja, quando a glicemia cai, mais glucagon é secretado visando
restabelecer o nível de glicose na circulação. O glucagon é o
hormônio predominante em situações de jejum ou de estresse,
enquanto a insulina tem seus níveis aumentados em situações de
alimentação recente.
Como
a insulina é o principal hormônio
que regula a
quantidade de glicose absorvida pela maioria das células a partir
do sangue (principalmente células musculares e de gordura, mas não
células do sistema nervoso central), a sua deficiência ou a
insensibilidade de seus receptores desempenham um papel importante
em todas as formas da diabetes mellitus.
Grande
parte do carboidrato
dos alimentos
é convertido em poucas horas no monossacarídeo
glicose, o
principal carboidrato encontrado no sangue. Alguns carboidratos não
são convertidos. Alguns exemplos incluem a frutose
que é
utilizada como um combustível celular, mas não é convertida em
glicose e não participa no mecanismo regulatório metabólico da
insulina / glicose; adicionalmente, o carboidrato celulose não é
convertido em glicose, já que os humanos e muitos animais não têm
vias digestivas capazes de digerir a celulose.
A
insulina é liberada no sangue pelas células
beta (células
β) do pâncreas em resposta aos níveis crescentes de glicose no
sangue (por exemplo, após uma refeição). A insulina habilita a
maioria das células do corpo a absorverem a glicose do sangue e a
utilizarem como combustível, para a conversão em outras moléculas
necessárias, ou para armazenamento. A insulina é também o sinal
de controle principal para a conversão da glicose (o açúcar
básico usado como combustível) em glicogênio
para
armazenamento interno nas células do fígado e musculares. Níveis
reduzidos de glicose resultam em níveis reduzidos de secreção de
insulina a partir das células beta e na conversão reversa de
glicogênio a glicose quando os níveis de glicose caem.
Níveis
aumentados de insulina aumentam muitos processos anabólicos
(de
crescimento) como o crescimento e duplicação celular, síntese
proteica e armazenamento de gordura.
Se
a quantidade de insulina disponível é insuficiente, se as células
respondem mal aos efeitos da insulina (insensibilidade ou
resistência à insulina), ou se a própria insulina está
defeituosa, a glicose não será administrada corretamente pelas
células do corpo ou armazenada corretamente no fígado e músculos.
O efeito dominó são níveis altos persistentes de glicose no
sangue, síntese proteica pobre e outros distúrbios metabólicos,
como a acidose.
Quando
a concentração de glicose no sangue está alta (acima do limiar
renal), a reabsorção de glicose no túbulo
proximal do
rim é incompleta, e parte da glicose é excretada na urina
(glicosúria).
Isto aumenta a pressão
osmótica da
urina e consequentemente inibe a reabsorção de água pelo rim,
resultando na produção aumentada de urina (poliúria) e na perda
acentuada de líquido. O volume de sangue perdido será reposto
osmoticamente
da
água armazenada nas células do corpo, causando desidratação
e
sede aumentada.
Quando
os níveis altos de glicose permanecem por longos períodos, a
glicose causa danos ao sistema circulatório da retina, levando a
dificuldades de visão conhecidas como retinopatia
diabética. A
visão borrada é a reclamação mais comum que leva ao diagnóstico
de diabetes; o tipo 1 deve ser suspeito em casos de mudanças
rápidas na visão, ao passo que o tipo 2 geralmente causa uma
mudança mais gradual.
Pacientes
(geralmente os com diabetes tipo 1) podem apresentar também
cetoacidose
diabética, um
estado extremo de desregulação metabólica
caracterizada
pelo cheiro de acetona na respiração do paciente, respiração
de Kussmaul (uma
respiração rápida e profunda), poliúria, náusea,
vômito
e dor
abdominal e
qualquer um dos vários estados de consciência alterados
(confusão, letargia, hostilidade, mania, etc). Na cetoacidose
diabética severa, pode ocorrer o coma
(inconsciência),
progredindo para a morte.
De qualquer forma, a cetoacidose diabética é uma emergência
médica e
requer atenção de um especialista.
Um
estado raro, porém igualmente severo, é o coma hiperosmolar
não-cetótico, que é mais comum na diabetes tipo 2, e é
principalmente resultante da desidratação devido à perda de
líquido corporal. Frequentemente o paciente têm ingerido
quantidades imensas de bebidas contendo açúcar, levando a uma
desidratação
em decorrência
da perda de líquido.
Em
pacientes que utilizam hipoglicemiantes ou insulina podem ocorrer
crises de hipoglicemia
se não houver
alimentação adequada, uma vez que continua sendo possível a
absorção de glicose pelas células. Os sintomas predominantes são
confusão mental, agitação ou letargia, sudorese e perda de
consciência. Aos primeiros sinais deve ser tentada administração
oral de solução doce, mas não sendo possível deverá ser
tratado como uma emergência médica e ser medicado com glucagon ou
glicose endovenosa.
O
diabetes tipo 1 é mais comum em jovens menores de 30 anos e o tipo
2 é mais comum em maiores de 45 anos e obesos. Ambos são mais
comuns em mulheres.
Carnes,
ovos e laticínios devem ser consumidos com moderação, pois
possuem proteínas que, em excesso, também alteram a glicemia e
sobrecarregam os rins, além de possuírem muita gorduras saturadas
e colesterol ruim.
Deve-se
consultar um nutricionistapara
organizar a dieta melhor recomendada para seu caso.
O
termo "diabetes", geralmente, se refere a diabetes
mellitus, mas existem muitas outras condições, mais raras, também
denominadas como "diabetes". A diabetes
insípida (insípida
significa "sem gosto" em Latim),
é uma doença rara, na qual há menor alteração na glicose do
organismo porém com sintomas semelhantes ao diabetes mellitus.
Esta diabetes pode ser causada por danos aos rins
ou à glândula
pituitária.

No
caso da diabetes
mellitus tipo 1,
esta aparece quando o sistema
imunitário do
doente ataca as células beta do pâncreas. A causa desta confusão
ainda não foi definida, apesar de parecer estar associada a casos
de constipações e outras doenças. O tipo de alimentação, o
estilo de vida etc. não têm qualquer influência no aparecimento
deste tipo de diabetes.
Normalmente,
se inicia na infância
ou
adolescência,
e se caracteriza por um déficit de insulina, devido à destruição
das células
beta do
pâncreas
por processos
autoimunes ou idiopáticos.
Só cerca de 1 em 20 pessoas diabéticas tem diabetes tipo 1, a
qual se apresenta mais frequentemente entre jovens e crianças.
Este tipo de diabetes se conhecia como diabetes mellitus
insulino-dependente ou diabetes infantil. Nela, o corpo produz
pouca ou nenhuma insulina. As pessoas que padecem dela devem
receber injeções diárias de insulina. A quantidade de injeções
diárias é variável em função do tratamento escolhido pelo
endocrinologista e também em função da quantidade de insulina
produzida pelo pâncreas. A insulina sintética pode ser de ação
lenta ou rápida: a de ação lenta é ministrada ao acordar e ao
dormir (alguns tipos de insulina de ação lenta, porém, são
ministradas apenas uma vez por dia) ; a de ação rápida é
indicada logo antes de grandes refeições. Para controlar este
tipo de diabetes é necessário o equilíbrio de três fatores: a
insulina, a alimentação e o exercício.
Sobre
a alimentação é preciso ter vários fatores em conta. Apesar de
ser necessário algum rigor na alimentação, há de lembrar que
este tipo de diabetes atinge essencialmente jovens, e esses jovens
estão muitas vezes em crescimento e têm vidas ativas. Assim, o
plano alimentar deve ser concebido com isso em vista, uma vez que
muitas vezes se faz uma dieta demasiado limitada para a idade e
atividade do doente. Para o dia a dia, é desaconselhável a
ingestão de carboidratos de ação rápida (sumos, bolos, cremes)
e incentivado os de ação lenta (pão, bolachas, arroz, massa...)
de modo a evitar picos de glicemia.
Resultados
contraditórios têm sido relatados sobre os benefícios da
atividade física no controle metabólico desses pacientes. Ainda
controverso também é o tipo de exercício (aeróbica
ou treinamento
resistido), alimentação antes do exercício e dose de insulina
mais benéfico neste grupo. A prática de exercícios pode agravar
a cetose
e hipoglicemia
porém
diminuem os riscos de problemas cardíacos e melhoram o controle
glicêmico e o perfil lipídico especialmente em jovens.(Mais
informações sobre exercícios e diabetes tipo 1)
Nas grandes cidades existem academias especializadas em pacientes
com problemas de saúde e que podem ajudar na escolha e monitoração
correta da prática dos exercícios para diabéticos.
Sintomas de diabetes tipo 1:
Os sintomas da diabetes tipo 1 são mais comuns nas crianças e podem ser:
Muita sede mas a boca permanece seca;
Muita fome;
Urina frequente, incluindo a noite;
Cansaço;
Perda de peso sem causa aparente;
Sensação de fraqueza.
Estes são os principais sintomas do diabetes infantil, mas a criança também pode apresentar tontura, cãibras, tremores, suor frio e apatia quando a taxa de glicose sanguínea é muito alta.
Se houver suspeita de diabetes na criança é aconselhado realizar um teste de glicose em jejum de pelo menos 3 horas. O resultado ideal é até 125, e por isso se o resultado for superior a este, o pediatra deverá ser consultado para que ele faça o diagnóstico da diabetes e indique o tratamento que deverá ser feito por toda vida.
Antigamente
chamada de "diabetes não insulinodependente" ou
"diabetes tardio", tem mecanismo fisiopatológico
complexo e não completamente elucidado. Parece haver uma
diminuição na resposta dos receptores de glicose presentes no
tecido periférico à insulina, levando ao fenômeno de resistência
à insulina. As células beta do pâncreas aumentam a produção de
insulina e, ao longo dos anos, a resistência à insulina acaba por
levar as células beta à exaustão.
Desenvolve-se
frequentemente em etapas adultas da vida e é muito frequente a
associação com a obesidade e idosos. Vários fármacos e outras
causas podem, contudo, causar este tipo de diabetes. É muito
frequente a diabetes tipo 2 associada ao uso prolongado de
corticoides, frequentemente associada à hemocromatose não
tratada.
Sintomas de diabetes tipo 2:
Os sinais e sintomas iniciais da diabetes tipo 2 incluem oaumento da sede, boca seca, vontade de urinar frequente e o cansaço físico constante, mesmo sem fazer nenhum esforço. Outros sintomas que estão relacionados às complicações que a doença pode trazer são:
Alteração nos olhos como visão turva ou embaçada;
Emagrecimento sem causa aparente, mesmo comendo normalmente;
Fome exagerada;
Dor nas pernas;
Má cicatrização das feridas, demora para cicatrizar;

Formigamento nos pés;
Infecções frequentes, como candidíase, furúnculo, infecção urinária.
Estes sintomas são mais frequente nos jovens e nos adultos, e para o diagnóstico da diabetes é recomendado fazer o teste da glicose em jejum de 8 horas. O resultado é normal até 125 mg/dl, portanto se apresentar valores mais altos que este, deve realizar um novo teste no dia seguinte. Se os valores forem sempre superiores a 125, é recomendada uma consulta médica com um endocrinologista que poderá indicar o tratamento da diabetes mais indicado, de acordo com a idade e estilo de vida do paciente.

O
aumento da produção de hormônios, principalmente do lactogênio
placentário, pode prejudicar a ação da insulina materna.
A
diabetes
gestacional também
envolve uma combinação de secreção e responsividade de insulina
inadequados, assemelhando-se à diabetes tipo 2 em diversos
aspectos. Ela se desenvolve durante a gravidez e pode melhorar ou
desaparecer após o nascimento do bebê. Embora possa ser
temporária, a diabetes gestacional pode trazer danos à saúde do
feto e/ou da mãe, e cerca de 20% a 50% das mulheres com diabetes
gestacional desenvolvem diabetes tipo 2 mais tardiamente na vida.
A
diabetes mellitus gestacional (DMG) ocorre em cerca de 2% a 7% de
todas as gravidezes.
Ela é temporária e completamente tratável mas, se não tratada,
pode causar problemas com a gravidez, incluindo macrossomia
fetal (peso
elevado do bebê ao nascer), malformações fetais e doença
cardíaca congênita. Ela requer supervisão médica cuidadosa
durante a gravidez. Os riscos fetais/neonatais associados à DMG
incluem anomalias congênitas como malformações cardíacas, do
sistema nervoso central e de músculos esqueléticos. A insulina
fetal aumentada pode inibir a produção de surfactante fetal e
pode causar problemas respiratórios. A hiperbilirrubinemia pode
causar a destruição de hemácias. Em muitos casos, a morte
perinatal pode ocorrer, mais comumente como um resultado da má
profusão placentária devido a um prejuízo vascular
Sintomas de diabetes gestacional:
Os sintomas da diabetes gestacional são os mesmos da diabetes tipo 2 e incluem: muita sede, boca seca, visão embaçada e muita sede. Estes sintomas podem surgir em qualquer fase da gravidez e por isso o médico poderá solicitar a realização do teste de glicose sanguínea, de 2 a 3 vezes durante a gestação para o controle da taxa de açúcar no sangue.
Fisiopatologia
A concentração urinária que ocorre em pessoas normais é devida à secreção do hormônio antidiurético (ADH) pela porção posterior da glândula hipofisária e pela ação deste hormônio nos rins, onde ocorre a concentração urinária.Há dois tipos distintos de diabete insípido: o central, onde ocorre uma deficiência da glândula hipofisária em liberar o ADH, e que pode ser primário ou secundário. É primário quando não há uma lesão identificável na hipófise, podendo ser genético ou esporádico (idiopático); é secundário, quando há danos na hipófise ou no hipotálamo, como cirurgias, infecções ou traumas. O outro tipo de diabete insípido é o nefrogênico, onde a hipófise produz adequadamente o ADH, mas os rins não respondem em função de um defeito nos túbulos renais que interferem na reabsorção da água. Esta forma pode ser genética ou adquirida, ocorrendo em doenças como amiloidose, mieloma, síndrome de Sjogren, anemia falciforme e hipercalcemia crônica.Basicamente, pode ocorrer por deficiência do hormônio antidiurético (ADH) ou por resistência à sua ação nos túbulos renais.Quando há deficiência na síntese do ADH, o diabetes insípido é chamado central, neuro-hipofisário ou neurogênico;Quando há resistência à sua ação nos túbulos renais, é dito renal ou nefrogênico.O diagnóstico diferencial de diabetes insípido inclui polidipsia primária (polidipsia psicogênica) e causas de diurese osmótica. Na polidipsia primária, o distúrbio inicial é o aumento da ingestão de água, manifestando-se principalmente em pacientes com transtornos psiquiátricos e mais raramente em pacientes com lesões hipotalâmicas que afetam o centro de controle da sede. O diagnóstico de diurese osmótica ocorre por aumento da filtração de um soluto osmoticamente ativo e consequente aumento do volume urinário. A mais comum, dentre as causas de diurese osmótica, é o diabetes melito, com o aumento da diurese devido à ação osmótica da glicose na urina. É importante a diferenciação entre os tipos de diabetes insípido. Os tratamentos para o diabetes insípido central e para o renal são distintos. O diabetes insípido central, associado à redução na secreção de ADH, é mais frequentemente idiopático, ou associado a trauma, cirurgia, tumores da região hipotalâmica ou a encefalopatia hipóxica/isquêmica. Já o diabetes insípido renal, associado a diferentes graus de resistência à ação do ADH, ocorre nas formas hereditárias, induzido por fármacos (por exemplo, lítio) ou secundário à hipercalcemia.O diabetes insípido gestacional, por expressão de vasopressinases (enzimas que degradam o ADH) pela placenta, é uma forma rara e transitória da doença, que se manifesta mais comumente no terceiro trimestre da gestação e apresenta resolução do quadro alguns dias após o parto.
Classificação para fins didáticos:
DI central: causada pelo dano ao hipotálamo resultante de cirurgia, infecção, tumor ou acidentes vasculares encefálicos. É a condição mais comum.
DI nefrogênico: quando o rim está lesado. Esta é uma condição rara.
DP polidipsia primária (polidipsia psicogênica) dipsogênica: é causado por um defeito no mecanismo da sede, por um defeito no hipotálamo. Este defeito aumenta a ingestão de água através de uma sede anormal. Não é diabetes insípido.
DI gestacional, que ocorre na gravidez.
O hormônio antidiurético é produzido normalmente no hipotálamo do cérebro e liberado pela neuro-hipófise. Ele controla o modo como os rins removem, filtram e reabsorvem fluidos dentro da corrente sanguínea. Quando ocorre a falta desse hormônio (ou quando os rins não podem responder ao hormônio) os fluidos passam pelos rins e se perdem por meio da micção. Assim, uma pessoa com diabetes insípido precisa ingerir grande quantidade de água em resposta à sede extrema para compensar a perda de água.
Sintomas de diabetes insípido
São sintomas da diabetes insípido:
Sede intensa;
Grandes volumes de urina podendo variar de 2 a 20 litros/dia;
Aumenta da vontade de urinar durante a noite.
Outros
tipos de diabetes <5% de todos os casos diagnosticados:
A:
Defeito genético nas células
beta.
B:
Resistência à insulina determinada geneticamente.
C:
Doenças no pâncreas.
D:
Causada por defeitos hormonais.
E:
Causada por compostos químicos ou fármacos.
F:
Infecciosas (rubéola congênita, citamegalovírus e outros).
G:
Formas incomuns de diabetes imuno-mediadas (síndrome do "Homem
Rígido", anticorpos anti-insulina e outros)
H:
Outras síndromes genéticas algumas vezes associadas com diabetes
(síndrome
de Down;
síndrome
de Klinefelter,
síndrome
de Turner,
síndrome
de Wolfram,
ataxia
de Friedreich,coréia
de Huntington,
síndrome
de Laurence-Moon-Biedl,
distrofia
miotônica,
porfiria,
síndrome
de Prader-Willi e
outras)
Caso
não limpe, cuide bem e esteja atento para ferimentos nos pés, os
danos podem levar a necessidade de amputação
As complicações da
diabetes são muito menos comuns e severas nas pessoas que possuem
os níveis glicêmicos (de açúcar no sangue) bem controlados,
mantendo-os entre 70 e 100 mg/dl em jejum.
As
complicações causadas pela diabetes se dão basicamente pelo
excesso de glicose no sangue, sendo assim, existe a possibilidade
de glicosilar as proteínas além de retenção de água na
corrente sanguínea, e retirada da mesma do espaço intercelular.
Cetoacidose diabética
Cegueira
Coma
hiperosmolar
não cetótico (cerca de 14% dos casos)
Hiperglicemia
Coma diabético
Amputação
Miíase
Placas
de gordura no sangue (Aterosclerose);
Danos
na retina
(Retinopatia
diabética);
Hipertensão
(por aumento
de H2O
no sangue,
além da glicosilação
irregular do
colágeno
e proteínas
das paredes endoteliais o que pode causar tromboses
e coágulos
por todo o sistema circulatório);
Tromboses
e coágulos
na corrente
sanguínea;
Problemas
dermatológicos (por desnaturação de proteínas endoteliais);
Síndrome
do pé
diabético;
Problemas
neurológicos,
principalmente no pé,
como perda de sensibilidade
e
propriocepção;
Problemas
metabólicos
generalizados;
Fator
de risco à periodontite.
A
frequência de problemas cardíacos como acidente
vascular cerebral (AVC)
e ataque
cardíaco são
entre 2 a 4 vezes maior nas pessoas com diabetes. Os fatores de
risco dos problemas crônicos são: hipertensão
arterial,
alteração do metabolismo das gorduras (aumento do colesterol
ruim, aumento
dos triglicérides
e redução do
colesterol
bom),
tabagismo,
obesidade,
pouca atividade física e presença de microalbuminúria
(proteína na
urina).
Aparelho
médico para administração automática e frequente de insulina
A
diabetes mellitus é uma doença crônica, sem cura por tratamentos
convencionais, e sua ênfase médica deve ser necessariamente em
evitar/administrar problemas possivelmente relacionados à
diabetes, a longo ou curto prazo.
O
tratamento é baseado em cinco conceitos:
Conscientização
e educação do paciente, sem a qual não existe aderência.
Alimentação
e dieta adequada para cada tipo de diabetes e para o perfil do
paciente.
Vida
ativa, mais do que simplesmente exercícios.

Medicamentos:
Hipoglicemiantes
orais
Insulina
Monitoração
dos níveis de glicose e hemoglobina
glicada.
É
extremamente importante a educação do paciente, o acompanhamento
de sua dieta, exercícios físicos, monitoração própria de seus
níveis de glicose, com o objetivo de manter os níveis de glicose
a longo e curto prazo adequados. Um controle cuidadoso é
necessário para reduzir os riscos das complicações a longo
prazo.
Isso
pode ser alcançado com uma combinação de dietas, exercícios e
perda de peso (tipo 2), várias drogas diabéticas orais (tipo 2
somente) e o uso de insulina (tipo 1 e tipo 2 que não esteja
respondendo à medicação oral). Além disso, devido aos altos
riscos associados de doença cardiovascular, devem ser feitas
modificações no estilo de vida de modo a controlar a pressão
arterial
e o
colesterol,
se exercitando mais, fumando menos e consumindo alimentos
apropriados para diabéticos, e se necessário, tomando
medicamentos para reduzir a pressão.
O
uso de bombas
de insulina podem
ajudar na administração regular de insulina, porém tem custo
elevado quando comparadas as seringas comuns. Outras opções
incluem as canetas
de insulina e os injetores de insulina a jato.
Tratamento
do diabetes mellitus tipo 2 por cirurgia
Um
estudo feito por médicos franceses publicado na
ScienceDirect,confirmou o que médicos já haviam observado, a
cirurgia de redução de estômago (gastroplastia)
usada no tratamento da obesidade mórbida ajuda a controlar o
diabetes mellitus tipo 2, um estudo mais aprofundado feito por
Francesco Rubino,
levou à
criação de uma cirurgia no intestino que tem alta eficiência no
tratamento da diabetes tipo 2 para pessoas não obesas.
Pacientes
com diabetes precisam controlar e monitorar seus níveis de glicose
no sangue constantemente, como parte do tratamento da doença. Isso
vale tanto para pacientes que fazem o uso de insulina, como para os
que não fazem. O automonitoramento, por meio de medidores de
glicose portáteis, é um dos principais componentes do
gerenciamento da doença. Com esse controle, os pacientes conseguem
entender melhor o impacto da alimentação, da atividade física,
dos medicamentos e também começam a reconhecer, tratar e prevenir
episódios de hipo ou hiperglicemia.
A falta de controle e as oscilações extremas nos níveis de
glicemia,
tanto para baixo (hipoglicemia)
como para cima (hiperglicemia)
causam, em longo prazo, uma série de consequências graves no
organismo.
Embora
proporcione uma série de benefícios comprovados, o
automonitoramento nem sempre é feito da forma adequada. Uma
revisão de estudos de países da América Latina descobriu que
somente 74% dos pacientes com diabetes tipo 1 e 38,5% dos pacientes
tipo
2 são
usuários de medidor de glicemia. O automonitoramento continua
sendo um dos principais métodos para fornecer informação
imediata e útil entre os intervalos das consultas médicas sobre
como a pessoa está lidando com seu controle glicêmico e pode
permitir que o paciente decida sobre seu estilo de vida. Quando os
pacientes medem sua glicemia, eles recebem imediatamente o retorno
do resultado do seu estilo de vida e tratamento médico e que pode
ser usado tanto pelo paciente quanto pelo médico para avaliar e
modificar todos os aspectos do tratamento. O automonitoramento
também aumenta a autonomia e a adesão ao tratamento pelo
paciente.
Educa
e "fortalece/dá poder" aos pacientes diabéticos
Aumenta
a habilidade de reconhecer, tratar e prevenir hipoglicemia e
hiperglicemia
Oferece
resposta imediata sobre o impacto do estilo de vida (alimentação
e rotina de exercícios) e dos medicamentos administrados
Permite
ao paciente e ao profissional de saúde modificar o tratamento em
tempo real
Aumenta
a adesão ao tratamento
Ajuda
no controle da a doença e em conjunto com tratamento medicamentoso
tem potencial de reduzir A1C (hemoglobina glicada).
Estima-se
que hoje quase 25 milhões de pessoas na América Latina sejam
diabéticas, sendo que metade desses pacientes está no Brasil.
Somente 36% dos pacientes com o tipo 2 da doença e 21% do tipo 1
conseguem controlar os níveis glicêmicos.
Em
média, um terço deles deixa de seguir as recomendações médicas
um ano após o diagnóstico. A falta de controle da doença,
decorrente dos maus hábitos de vida, acarreta em longo prazo em
uma série de consequências para o organismo. Sem o controle
adequado das taxas de glicose, aumentam as chances de complicações
cardiovasculares, renais, oculares, entre outras. Pacientes
diabéticos têm de duas a quatro vezes mais chances de sofrer um
infarto
ou derrame
do que uma
pessoa que não tenha a doença. Da mesma forma, 65% dos pacientes
estão em risco de ter ou já têm algum grau de disfunção
renal,
condição que triplica o risco de eventos cardiovasculares.
As consequências do diabetes incluem ainda disfunção sexual
(presente em 60% dos homens com a doença), alterações oculares
como retinopatia
e risco de
cegueira,
e ainda problemas de circulação nos membros inferiores.
Checar
– Verificando regularmente o nível de glicose
O
objetivo de medir diariamente o nível de açúcar no sangue é de
obter informação detalhada sobre estes níveis em diferentes
momentos do dia.
Essa
informação poderá ajudar o paciente e a equipe médica a fazer
algumas modificações relacionadas à ingestão de alimentos,
atividade física, medicação e estresse, já que são de grande
importância no tratamento diário.
Estes
momentos diários ajudarão a melhorar o controle da glicemia e
motivar o paciente a tomar ações para prevenção de complicação
do diabetes.
Controlar
– controlando o diabetes
Controlar
o diabetes significa evitar níveis baixos (hipoglicemia)
e altos (hiperglicemia)
de açúcar no sangue e alcançar um controle diabético a longo
prazo através de um nível A1C
aceitável.
O
controle do diabetes deve ser feito com o uso de medicamentos
prescritos pelo médico, com medição do nível de açúcar
regularmente e obtendo experiências e informações sobre o
controle do diabetes.
Consumir
– alimentando-se com comida saudável
Ter
diabetes não significa que o paciente não poderá mais
experimentar alimentos saborosos e muito menos que a dieta será
feita de refeições com "gosto ruim".
Para
o paciente ter uma boa alimentação, é necessário conhecer os
diferentes grupos de alimentos, o impacto no nível de açúcar e o
tamanho correto das porções.
Cuidar
– cuidando do corpo e da mente
Açúcar
em excesso no sangue por muito tempo pode causar problemas de saúde
relacionados ao diabetes.
Este
nível alto de açúcar pode fazer mal a muitas partes do corpo,
como o coração, vasos sanguíneos, olhos, extremidades e rins.
Adicionar
pequenos momentos para o cuidado, como atividade física, poderá
significar muito para diminuir o risco de problemas de saúde
relacionados à doença.
O
governo brasileiro investiu 200 milhões para a criação de uma
unidade industrial, em Brasília, para produzir cristais de
insulina, a única da América Latina. Essa fábrica começou a
funcionar em 2009 e tem por objetivo produzir mais de 10 milhões
de unidades de insulina para atender a demanda nacional.
Os
portadores de diabetes tem direito à concessão de uma série de
benefícios já previstos em lei para outras doenças. A Comissão
de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) aprovou proposta que
altera uma série de normas garantindo aos portadores de diabetes o
direito de sacar dinheiro doPIS-Pasep
e do FGTS;
além de garantir o recebimento de auxílio-doença
e
aposentadoria
por invalidez
sem carência. A proposta também dá aos diabéticos direito a
passe livre no transporte
público.
O
número de pessoas com diabetes em Portugal ultrapassou pela
primeira vez a fasquia de um milhão em 2011, mas este foi o ano,
na última década, em que se observou a maior queda no total de
amputações, uma das principais complicações decorrentes desta
doença.

Exercícios
físicos ajudam na prevenção de complicações tanto do tipo 1
quando do tipo 2 de diabetes ao manter sob controle os níveis de
glicemia.
Quanto
melhor o apoio social melhor será o controle glicêmico, a
qualidade de vida e menor o número de complicações do diabético.
Os
riscos de complicações em ambos tipos de diabetes podem ser
reduzidos com mudanças na dieta e atividades físicas regulares.
Os portadores detolerância
diminuída à glicose (TDG)
e glicemia
de jejum alterada (GJA)
devem fazer uma dieta rígida, praticar atividade física pelo
menos 3 vezes por semana e, quando necessário e aprovado, usar
remédios para evitar complicações.Atividades físicas, dieta
rígida e perda de peso entre os grupos de risco diminuem o risco
de desenvolvimento do Diabetes tipo 2 pela metade.
A prática de
exercícios físicos traz benefícios como a melhor utilização do
oxigênio pelo organismo, aumento da captação da glicose pelo
músculo e aumento da sensibilidade celular à insulina a partir
das primeiras semanas e que dura enquanto eles estiverem sendo
regularmente. Com a insulina sendo usada de forma mais eficaz o
portador de diabetes passa a precisar de doses menores para queimar
a glicose extra.
Em
pessoas com pré-diabetes tipo 2, o uso de baixas doses de
rosiglitazona
(2 mg) e
metformina
(500 mg) reduz
em cerca de 66% o risco de desenvolver diabetes e causa poucos
efeitos adversos.
É
possível detectar fatores de risco para o desenvolvimento do
diabetes tipo 1 utilizando auto anticorpos contra múltiplos
antígenos pancreáticos. Existe uma correlação significativa
entre a presença de dois ou mais auto anticorpos e o
desenvolvimento de diabetes mesmo em indivíduos sem parentes
diabéticos (90% dos casos).Tratamentos com imunossupressores como
azatioprina,
corticoesteróides
e
ciclosporina,
permitem a diminuição da dose necessária de reposição
insulínica porém são poucos efetivos a longo prazo e ao
suspender o uso dos imunossupressores além de causarem efeitos
colaterais.
Cientistas
da Universidade de Maryland descobriram uma proteína, chamada de
zonulina,
que é produzida em grandes quantidades nas pessoas comdoenças
autoimunes.
Esta superprodução leva numa cadeia de reações à destruição
das células beta. Os pesquisadores testaram em ratos uma
substância que inibe a ação da zonulina, evitando a progressão
das lesões nas células beta pancreáticas. Este inibidor,
denominado experimentalmente de AT-1001 agora está sendo testado
em humanos.
Quanto
melhor o controle, menor será o risco de complicações. Desta
maneira, a educação do paciente, compreensão e participação é
vital. Os profissionais da saúde que tratam diabetes também
tentam conscientizar o paciente a se livrar certos hábitos que
sejam prejudiciais à diabetes. Estes incluem ronco,
apneia
do sono,
tabagismo,
colesterol
elevado (controle
ou redução da dieta, exercícios e medicações),
obesidade (mesmo
uma perda modesta de peso pode ser benéfica), pressão
sanguínea alta (exercício
e medicações, se necessário) e sedentarismo.
Recomenda-se manter um
peso saudável, e ter no mínimo 3 horas de exercício por semana,
não ingerir muita gordura, e comer uma boa quantidade de fibras e
grãos. Embora os médicos não recomendem o consumo de álcool, um
estudo indica que o consumo moderado de álcool pode reduzir o
risco.
A
diabetes mellitus já era conhecida antes da era
cristã. No
papiro
de Ebers descoberto
no Egito,
correspondente ao século XV antes de Cristo, já se descrevem
sintomas
que parecem
corresponder à diabetes.
Foi
Areteu
da Capadócia quem,
no século
II, deu a esta
doença o nome de "diabetes", que em grego
significa
"sifão", referindo-se ao seu sintoma mais chamativo que
é a eliminação exagerada de água pelos rins, expressando que a
água entrava e saía do organismo do diabético sem fixar-se nele
(polidipsia e poliúria, características da doença e por ele
avaliadas por esta ordem). Ainda no século II, Galeno,
contemporâneo de Areteu, também se referiu à diabetes,
atribuindo-a à incapacidade dos rins em reter água como deveriam.
Nos
séculos posteriores não se encontram nos escritos médicos
referências a esta enfermidade até que, no século
XI, Avicena
refere com
precisão esta afecção em seu famoso Cânon
da Medicina.
Após
um longo intervalo, Thomas
Willis fez, em
1679,
uma magistral descrição da diabetes para a época, ficando desde
então reconhecida por sua sintomatologia como entidade clínica.
Foi ele quem, referindo-se ao sabor doce da urina,
lhe deu o nome de diabetes mellitus (sabor de mel), apesar de esse
fato já ter sido registrado cerca de mil anos antes na Índia,
por volta do ano 500.
Em
1775,
Dopson identificou a presença de glicose
na urina.
Frank, por essa altura também, classificou a diabetes em duas
formas: diabetes mellitus(ou vera), e insípida, esta sem
apresentar urina doce. A primeira observação feita através de
uma necropsia
em um
diabético foi realizada por Cawleye
publicada no London Medical Journal em 1788.
Quase na mesma época o inglês
John Rollo,
atribuindo à doença uma causa gástrica, conseguiu melhorias
notáveis com um regime rico em proteínas
e gorduras
e limitado em
hidratos de carbono.
Os
primeiros trabalhos experimentais relacionados com o metabolismo
dos glicídios
foram
realizados por Claude
Bernard, o
qual descobriu, em 1848,
o glicogênio
hepático e
provocou a aparição de glicose na urina excitando os centros
bulbares. Ainda na metade do século
XIX, o grande
clínico francês
Bouchardat assinalou
a importância da obesidade
e da vida
sedentária na origem da diabetes e traçou as normas para o
tratamento dietético, baseando-a na restrição dos glicídios e
no baixo valor calórico da dieta. Os trabalhos clínicos e
anatômico-patológicos adquiriram grande importância em fins do
século
XIX, nas mãos
de Frerichs,
Cantani,
Naunyn,
Lanceraux
etc., tendo
culminado em experiências de pancreatectomia em cães,
realizadas por Mering
y Mikowski em
1889.
A
busca do suposto hormônio
produzido
pelas ilhotas de Langerhans, células do pâncreas descritas em
1869
por Paul
Langerhans,
iniciou-se de imediato. Hedon,
Gley,
Laguessee
Sabolevestiveram
muito próximos do almejado triunfo, o qual foi conseguido pelos
jovens canadenses
Banting e
Charles
Best, que
conseguiram, em 1921,
isolar a insulina
e demonstrar
seu efeito hipoglicêmico. Esta descoberta significou uma das
maiores conquistas médicas do século
XX, porque
transformou as expectativas e a vida dos diabéticos e ampliou
horizontes no campo experimental e biológico para o estudo da
diabetes e do metabolismo
dos glicídios.
Posteriormente,
o transplante
de pâncreas passou
a ser considerado uma alternativa viável à insulina para o
tratamento da diabetes mellitus do tipo 1. O primeiro transplante
de pâncreas com essa finalidade foi realizado em 1966,
na universidade de Manitoba.
Uma linha mais recente de pesquisa na Medicina tem buscado fazer o
transplante apenas das ilhotas
de Langerhans.
O procedimento é simples, tem poucas complicações e exige uma
hospitalização de curta duração. O grande problema é a
obtenção das células, que são originárias decadáveres.
São necessários em média três doadores para se conseguir um
número razoável de células.
Nenhum comentário:
Postar um comentário