quarta-feira, 19 de agosto de 2015

ENTENDENDO MELHOR O ESTRESSE (STRESS)

ENTENDENDO MELHOR O ESTRESSE (STRESS)

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Terminologia

Estresse, tradução do inglês stress, é uma palavra que, definitivamente, se incorporou ao cotidiano das pessoas.
Expressões idiomáticas e gírias, como “sem estresse” ou “não se estresse”, tornaram-se comuns. Até mesmo as mais corriqueiras situações do dia-a-dia estão associadas a estresse. Pressões no ambiente de trabalho (chefe cobrador, competição entre colegas, prazos para resultados), problemas de relacionamento em casa (conjugal, pais/filhos), avaliações a que a pessoa deve ser submetida (provas escolares, concursos, exames médicos que, potencialmente, podem detectar alguma doença), insegurança e violência urbana e, até mesmo, o trânsito, dentre inúmeras outras, podem levar a pessoa a sentir-se “estressada”.
Origem e significado da palavra estresse- o termo é originário da física e significa a força aplicada a um determinado material capaz de superar a resistência oferecida por este material a fim de preservar sua estrutura.

Outro termo importante no estudo do estresse é o termo estressor ou esgotador, que indica um evento ou acontecimento que exige do indivíduo uma reação adaptativa à nova situação; a essa reação se dá o nome de coping (ing. lidar). Tais reações de coping ou adaptação podem ser funcionais ou disfuncionais, conforme cumpram ou não sua função na superação da situação na adaptação a ela
  1. Os estressores, dependendo do grau de sua nocividade e do tempo necessário para o processo de adaptação, dividem-se em
  2. acontecimentos biográficos críticos (ing. life events): são acontecimentos (a) localizáveis no tempo e no espaço, (b) que exigem uma reestruturação profunda da situação de vida e (c) provocam reações afetivo-emocionais de longa duração. Esse acontecimentos podem ser positivos e negativos e ter diferentes graus de normatividade, ou seja, de exigência social. Exemplos são casamento, nascimento de um filho, morte súbita de uma pessoa, acidente, etc;
  3. estressores traumáticos: são um tipo especial de acontecimentos biográficos críticos que possuem uma intensidade muito grande e que ultrapassam a capacidade adaptativa do indivíduo ;
  4. estressores quotidianos (ing. daily hassels): são acontecimentos desgastantes do dia a dia, que interferem no bem-estar do indivíduo e que veem essas experiências como ameaçadoras, dolorosas, frustrantes ou como perdas. São exemplos: problemas com peso ou aparência, problemas de saúde de parentes próximos que exigem cuidados, aborrecimentos com acontecimentos diários (cuidados com a casa, aumento de preços, preocupações financeiras, etc.);
  5. estressores crônicos (ing. chronic strain): são (a) situações ou condições que se estendem por um período relativamente longo e trazem consigo experiências repetidas e crônicas de estresse (exemplos: excesso de trabalho, desemprego, etc.) e (b) situações pontuais (ou seja com começo e fim definidos) que trazem consigo consequências duradouras (Exemplo: estresse causado por problemas decorrentes do divórcio).
  • Exemplos de estressores:
  • desprezo amoroso;
  • dor e mágoa;
  • luz forte;
  • níveis altos de som;
  • eventos: nascimentos, morte, guerras, reuniões, casamentos, divórcios, mudanças, doenças crónicas, desemprego e amnésia;
  • responsabilidades: dívidas não pagas e falta de dinheiro;
  • trabalho/estudo: intimidação ("bullying"), provas, tráfego lento e prazos pequenos para projetos;
  • relacionamento pessoal: conflito e decepção;
  • estilo de vida: comidas não-saudáveis, fumo, alcoolismo e insônia;
  • exposição de estresse permanente na infância (abuso sexual infantil).

                       

Teorias do estresse

As várias teorias do estresse, antes de serem teorias concorrentes, são teorias complementares, que se baseiam umas nas outras.

Reação de emergência

Uma das primeiras teorias do estresse, apresentada pelo fisiologista Walter Cannon em 1914, ainda antes de a palavra ser utilizada com o sentido atual, foi a chamada "teoria da luta ou fuga" (fight-or-flight). Segundo essa teoria em situações de emergência o organismo se prepara para "o que der e vier", ou seja, para lutar ou fugir, segundo o caso. Esse tipo de reação foi observado em animais e em humanos. Estudos empíricos puderam observar um outro tipo de reação, chamado "busca de apoio" (tend-and-befriend), observado pela primeira vez em mulheres. Essa outra reação ao estresse caracteriza-se pela busca de apoio, proteção e amizade em grupos.

Síndrome geral de adaptação

Essa teoria, chamada general adaption syndrome em inglês, é a teoria original de Seyle (1936), segundo a qual o organismo reage à percepção de um estressor com uma reação de adaptação (ou seja, o organismo se adapta à nova situação para enfrentá-la), que gera uma momentânea elevação da resistência do organismo. Depois de toda tensão deve seguir um estado de relaxamento, pois apenas com descanso suficiente o organismo é capaz de manter o equilíbrio entre relaxamento e excitação necessário para a manutenção da saúde. Assim se o organismo continuar sendo exposto a mais estressores, não poderá retornar ao estágio de relaxamento inicial, o que, a longo prazo, pode gerar problemas de saúde (exemplo: problemas circulatórios). Esse processo atravessa três fases:
Reação de alarme: a glândula hipófise secreta maior quantidade do hormônio adrenocorticotrófico que age sobre as glândulas suprarrenais. Estas passam a secretar mais hormônios glicocorticoides, como o cortisol. Este por sua vez inibe a síntese proteica e aumenta a quebra de proteínas nos músculos, ossos e nos tecidos linfáticos. Todo esse processo provoca um aumento do nível de aminoácidos no sangue, que servem ao fígado para a produção de glucose, aumentando assim o nível de açúcar no sangue - a excessiva produção de açúcar poder levar a um choque corporal. Outra consequência da inibição da síntese de proteínas é a inibição do sistema imunológico.
Estágio de resistência: caracterizado pela secreção de somatotrofina e de corticoides. Gera, com o tempo, um aumento das reações infecciosas.
Estágio de esgotamento: não cessando a fonte de estresse, as glândulas suprarrenais se deformam. Doenças de adaptação podem aparecer.

  • O modelo estresse vulnerabilidade

De acordo com o modelo estresse vulnerabilidade o irromper de um transtorno mental ou de uma doença física está ligado, de um lado, à presença de uma predisposição genética ou adquirida no decorrer da vida (vulnerabilidade) e, de outro, à exposição a estressores. Quanto maior a predisposição, menor precisa ser o nível de estresse para que um distúrbio qualquer irrompa. A relação entre vulnerabilidade e estresse, no entanto, é mediada pela resiliência, ou seja, a capacidade do indivíduo de resistir ao estresse. Importante para este tema é o conceito de salutogênese.
  • Reação ao estresse em homens e mulheres

Embora a reação mais descrita seja a de fuga-ou-luta, no ano 2000 surgiu uma nova visão sobre o fenômeno, distinguindo a forma de reagir dos homens e mulheres. Estas seriam menos propensas a lutar ou fugir, apresentando reação de cuidado com a prole, mediada por neurotransmissores diferentes dos que atuam nos homens.

FONTE: WIKIPEDIA A ENCICLOPÉDIA LIVRE

O estresse na biologia– Indivíduos das mais diferentes espécies estão sob constante ameaça, produzida por pressões do meio em que vivem. Estas pressões são representadas por uma ampla gama de situações que podem por em risco a sobrevivência do indivíduo. Podem ser bem específicas para cada espécie, e mesmo para indivíduos da mesma espécie (o que pode ser perigoso para um pode não ser para outro). Variações de temperatura e outras condições climáticas, disponibilidade de alimentos, ameaça por predadores de outras espécies ou mesmo membros agressivos da mesma espécie, etc. Estas e tantas outras situações fazem parte das pressões do dia-a-dia sobre os indivíduos de todas as espécies.
Os organismos nascem, se desenvolvem, e se reproduzem em um estado de equilíbrio fisiológico. Este equilíbrio nada mais é do que um conjunto de condições ideais para o funcionamento das células, representado por uma série de fatores, como composição química, temperatura, quantidade de nutrientes, ausência de substâncias tóxicas, etc., no meio em que estas células vivem (meio interno), fatores estes continuamente monitorados por sensores específicos que informam o sistema nervoso das condições. Tecnicamente, a manutenção deste equilíbrio recebe o nome de homeostasia. Constantemente, este equilíbrio é desafiado por forças externas e internas do organismo (mecânicas, térmicas, químicas, agentes externos como vírus e bactérias, crescimento desordenado de células provocando tumores). As alterações das condições idéias são imediatamente percebidas e corrigidas por uma série de ações do organismo.
Estresse seria a situação que desafia o equilíbrio do meio interno (homeostasia). A aplicação deste termo da física na biologia começou na década de 1940, e logo se difundiu. Porém, até hoje, o termo gera confusões pois é empregado tanto para designar a situação que ameaça o equilíbrio (estressor), quanto a resposta do organismo para restabelecer o equilíbrio ameaçado (resposta ao estresse). O indivíduo “estressado” seria aquele que está na vigência de uma resposta ao estresse produzida por um estressor.
Nos organismos, em geral, os estressores podem ser de natureza física, química ou vegetativa (frio, calor, radiação, trauma, exercício físico, perda de sangue, variações abruptas de açúcar no sangue, etc) e constituem uma ameaça concreta à sobrevivência do organismo. Os estressores de natureza social adquirem diferentes formas específicas das espécies (em humanos são representadas por pressões no trabalho ou relacionamento, crises vitais como a perda de um ente querido, casamento /separação, etc.). Os estressores podem também ser de natureza psicológica, onde não há, necessariamente, a presença de uma ameaça real (receio, frustração, medo ou apreensão produzidos por pensamentos, memórias ou fantasias).
Estes estressores podem ser agudos (exposição por tempos limitados) ou crônicos (exposição prolongada ou contínua). As respostas fisiológicas e comportamentais ao estresse nos permitem, também, lidar com situações de crise como desastres, competição em diferentes níveis (trabalho, esporte, escola, etc.), prestar exame ou concurso, falar em público, dentre tantas outras. Por outro lado, uma resposta inadequada a um estressor pode levar à doença, com ameaça à vida. O estímulo estressor mobiliza processos funcionais e comportamentais para manter o equilíbrio. É fundamental para a adequação desta resposta que estes processos sejam desativados quando cessa o estímulo estressor.
A doença pode surgir devido a uma ausência de resposta ao estímulo estressor, ou, quando a resposta ocorre sem a posterior desativação, após a cessação do estímulo estressor. As manifestações de uma resposta inadequada ao estímulo estressor se compõem de um conjunto de percepções variadas, e podem ser referidas como ansiedade, irritabilidade, inabilidade de concentração em tarefas corriqueiras, distúrbios de sono, disfunções sexuais, sensação de cansaço exacerbado, etc.
Considerando estes aspectos da biologia do estresse, em humanos o estresse é modernamente definido como uma ameaça – real ou imaginária – que desafia o equilíbrio do organismo.

  • Componentes da resposta ao estresse

o aviso do estímulo estressor é processado no cérebro que ativa a resposta para combater o estressor. Nos primórdios dos estudos sobre a reação de estresse, esta resposta foi chamada de luta-ou-fuga. Ou seja, o organismo identifica uma ameaça (estressor) e avalia qual a resposta mais adequada para o momento: enfrentar (luta) ou se afastar (fuga) da ameaça. Para realizar qualquer uma das escolhas é fundamental o organismo ter energia disponível para consumo imediato. Para isso, serão mobilizados no cérebro componentes neurais (parte do sistema nervoso autônomo, tecnicamente chamado de sistema nervoso simpático) e hormonais (hormônio liberador de corticotrofina-CRH).
A resposta nervosa se inicia, imediatamente, com o sistema simpático estimulando a glândula adrenal (também chamada de supra-renal) a secretar adrenalina na circulação sanguínea, o que irá aumentar a liberação de noradrenalina dos nervos simpáticos que inervam diversos órgãos. Estas duas substâncias exercerão uma série de efeitos sobre vários sistemas, como aumento dos batimentos cardíacos e da força de contração do coração (o que fará o sangue que transporta nutrientes e oxigênio chegar mais rápido aos músculos, disponibilizando energia mais rapidamente), maior liberação de energia dos estoques (glicogênio e tecido adiposo), etc.
A resposta hormonal é iniciada com a ação do hormônio liberador de corticotrofina (CRH) sobre uma pequena glândula que está junto ao cérebro (hipófise) ativando a liberação de outro hormônio chamado de corticotrofina (ACTH) na circulação. A corticotrofina, por sua vez, irá atuar na glândula adrenal para que esta aumente a liberação de outro hormônio na circulação, o cortisol (também chamado de glicocorticóide ou corticóide). O cortisol vai atuar, principalmente, na mobilização dos estoques de energia para enfrentar a luta-ou-fuga. Vocês já perceberam que a resposta hormonal é mais complexa, com um número maior de passos e hormônios intermediários; isto torna esta resposta mais lenta que a resposta dos nervos (simpático).
A essência da resposta ao estresse é a maior disponibilização de energia para a luta-ou-fuga e qualquer uma das duas consome a energia disponibilizada. Todos os organismos, de unicelulares a humanos, apresentam algum tipo de resposta ao estresse e, quanto mais complexo o animal (e, consequentemente, seu sistema nervoso), mais complexa será a resposta ao estresse. O desenvolvimento evolutivo desta resposta é fruto de um ambiente heterogêneo, com predadores, competição por recursos naturais, como água e alimentos, condições de abrigo e clima desfavoráveis – a capacidade de resposta ao estresse facilitou a adaptação a estas condições adversas, permitindo a evolução das espécies. O individuo ficava exposto às ameaças do meio em que vivia, e gastava a energia disponibilizada pela resposta ao estresse para fazer frente a estas ameaças. Para os humanos, este cenário se modificou, de forma relativamente rápida, com a revolução industrial e a modernização pós-industrial. O homem domina seu meio com alta tecnologia, porém, estímulos estressores de outras naturezas assumiram o lugar das antigas ameaças.
Condições de abrigo desfavoráveis e competição por recursos naturais deram lugar a uma nova e extensa lista de possíveis estres sores: insegurança e violência urbana, instabilidade no trabalho, crises nos relacionamentos devido a novos valores socioculturais, problemas cotidianos de grandes aglomerados urbanos, como trânsito, poluição e moradia, pressões para consumo de bens sem condições de serem adquiridos, menor tempo de sono devido à demandas de atenção por hábitos tecnológicos, como internet e televisão.
A resposta do organismo continuou sendo a mesma, disponibilizar energia para a luta-ou-fuga. As adaptações evolutivas dos hominídios às pressões do meio, quando aconteceram, demandaram centenas de milhares de anos. Os organismos biológicos complexos não têm condições de produzir adaptações tão rápidas quanto o surgimento das novas pressões. A consequência disso é que, com a mesma resposta ao estímulo estressor de disponibilização de energia, e não sendo mais necessária a luta-ou-fuga, esta energia, sob a forma de glicose e gordura, não é consumida e fica na circulação sanguínea, contribuindo para o desenvolvimento das chamadas doenças modernas, como doenças cardiovasculares (aterosclerose, hipertensão, derrame, infarto), diabete tipo II e diferentes tipos de cânceres.
Ao analisarmos a evolução, percebemos que a capacidade do organismo responder a desafios potencialmente ameaçadores foi fundamental para a preservação e evolução das espécies, inclusive humanos. Isso nos remete a outro ponto a ser considerado. A idéia geral de estresse, hoje, é de algo intrinsicamente ruim. Porém, não é bem assim. Assim como a dor, a febre, o vômito, a tosse e a inflamação, a resposta ao estresse agudo também é um importante mecanismo de defesa do organismo, e, como as outras defesas, frequentemente identificado como um problema.
Ameaças agudas produzem respostas do organismo que restabelecem o equilíbrio e, ao mesmo tempo, ativam processos que em pouco tempo irão encerrar esta resposta para que ela não se mantenha depois de cessada a ameaça. Ou seja, a resposta ao estresse agudo é benéfica ao organismo, auxiliando na sua sobrevivência, e vem sendo burilada pela seleção natural para aumentar as habilidades dos organismos lidarem com situações que requerem defesa ou ação.
Novo problema surge quando o estímulo estressor não cessa, ou é intermitente. Sob esta ativação contínua, o sistema de resposta não é desmobilizado e níveis mais altos das substâncias que compõem o sistema de resposta - adrenalina, noradrenalina e cortisol – ficam mais tempo no sangue e/ou atuando nos tecidos, causando efeitos colaterais indesejáveis, como aumento da resistência ao fluxo sanguíneo (que leva à hipertensão), inibição do sistema imunológico (que propicia a instalação de infecções por vírus, fungos ou bactérias e o desenvolvimento de alguns tipos de cânceres) depressão e outras desordens neuropsiquiátricas, inibição do crescimento, danos ao DNA causando envelhecimento, interrupção da gravidez, dentre outros. Se associarmos o aumento da energia sob a forma de glicose e gordura, mencionados anteriormente, teremos o quadro do estresse crônico, este sim prejudicial à saúde e típico das sociedades modernas que vivem em grandes centros urbanos. Os efeitos colaterais de um sistema continuamente ativado, e com seus produtos não utilizados, pode levar, como vimos, a diversas doenças associadas ao estresse.
Cabe salientar, por outro lado, que estímulos estressores crônicos não produzem doença, sempre, e em todas as pessoas. Haja vista que, apesar da alta incidência e prevalência destas doenças associadas ao estresse crônico, a maior parte da população submetida a este estresse não apresenta estas doenças (pelo menos por enquanto). Isto ocorre devido a um processo chamado de adaptação ao estresse em que o organismo estabelece um novo padrão de equilíbrio, mesmo com a manutenção do estressor e com a resposta contínua ao estresse. Dentro da própria espécie existem características que diferenciam os indivíduos entre si, em relação ao estímulo estressor - estas diferenças podem ser qualitativas, ou seja, o que é um estressor para mim pode não ser para outra pessoa; ou quantitativas, o que significa que um determinado estímulo, para que seja estressor para determinadas pessoas, deve ser muito intenso. Para outras pessoas, entretanto, um estímulo de pequena intensidade, pode deflagrar uma resposta completa ao estresse.
Modernamente, várias estratégias estão sendo desenvolvidas para evitar o estresse crônico ou mesmo reduzir os seus efeitos. A pessoa pode identificar no seu dia-a-dia os principais fatores que lhe causam desconforto ou irritação e tentar evitá-los. Atividade física, tempo adequado de sono, alimentação saudável, interação social, são fatores que contribuem na redução do impacto do estresse crônico sobre o organismo. Resultados de estudos recentes sugerem que práticas regulares de yoga e meditação diminuem os efeitos do estresse.

FONTE: ABC da Saúde Informações Médicas Ltda

Mas, o que realmente o estresse significa do ponto de vista biológico, e o que representa para a saúde?

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Causas

Uma pessoa pode sentir estresse em alguns momentos importantes de sua vida, motivada, possivelmente, por ansiedade, apreensão e preocupação, como por exemplo:
Começar em um emprego novo ou escola nova
Mudar-se para uma casa nova
Casar-se
Ter um filho
Terminar um relacionamento.
Uma doença, seja com você ou com um amigo ou ente querido, é uma causa comum de estresse. Sentimentos de estresse e ansiedade são comuns em pessoas que se sentem deprimidas e tristes também.
Alguns medicamentos podem provocar ou piorar os sintomas de estresse. Estes podem incluir:
Alguns medicamentos inalados usados para tratar asma.
Medicamentos para tireoide
Algumas pílulas dietéticas
Alguns remédios para resfriado.
Produtos com cafeína, cocaína, álcool e tabaco também podem provocar ou piorar os sintomas de estresse e ansiedade.
Quando essas sensações ocorrem com frequência, a pessoa pode ter um distúrbio de ansiedade. Outros problemas em que o estresse pode estar presente .
Transtorno obsessivo compulsivo (TOC)
Síndrome do pânico
Transtorno por estresse pós-traumático (TEPT)


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  • Prevenção

Todo estresse só é negativo quando se torna excessivo. O problema é que na maior parte das situações do dia-a-dia as pessoas são tomadas por tantas preocupações que o estresse em excesso tem se tornado um problema comum dos tempos de hoje. Mas sabia que esse tipo de nervosismo pode ser prevenido com algumas mudanças simples no seu cotidiano? Pequenos hábitos, como respiração e mudanças no dia-a-dia ajudam a controlar e evitar o problema. Confira essas e outras dicas a seguir:


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  • Alimentar-se de forma balanceada

Alimentação muitas vezes parece ser remédio para todos os problemas, e talvez seja mesmo. No caso do estresse, ter pratos equilibrados ajuda o organismo de muitas formas. Ter um consumo adequado de gorduras, carboidratos, proteínas, vitaminas e minerais é essencial para o bem-estar do organismo. Se o nosso organismo recebe diariamente esses nutrientes, por meio da alimentação, naturalmente ele irá funcionar melhor, aumentando a energia e vitalidade que precisamos para enfrentar os problemas do cotidiano. No entanto, se existe carência ou excesso de algum elemento, o nosso corpo precisa fazer um esforço para compensar isso, o que gera mais desgaste. Por outro lado, também há a perda de nutriente durante o quadro de estresse crônico, que é agravado pelo consumo de itens como cafeína, açúcar e sal.



  • Praticar atividades físicas
Exercícios têm diversas características que se relacionam com o relaxamento de quem os pratica. Em primeiro lugar há a liberação de hormônios que otimizam o funcionamento do corpo. A adrenalina age na redução do estresse, o cortisol atua como anti-inflamatório, o glucagon aumenta a quantidade de glicose no fígado, o GH (hormônio do crescimento) transmite bem-estar e a endorfina produz a sensação de prazer e melhora a qualidade do sono.

Além disso, existe um mecanismo que os especialistas chamam de senso de propósito. Quando fazemos algo com a convicção de que isso está contribuindo para a nossa saúde, damos para a nossa mente comandos do tipo "isso é bom para mim", "estou seguindo na direção certa" e "estou cumprindo um propósito", que vai alimentando a nossa sensação interna de que merecemos algo bom, somos boas pessoas. Desta forma, a prática de uma atividade física ajuda a mudar um pouco o foco, saindo daquele problema que ficou incomodando o dia todo e estava causando estresse.


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  • Mudar a postura

Ter uma postura melhor é benéfico também para a mente. E a palavra "postura" aqui não significa apenas a forma como recebemos as informações, e sim com a maneira que posicionamos nosso corpo no dia a dia. Para provar esse ponto, os especialistas costumam sugerir um exercício: primeiro posicione a cabeça para frente e encolha os ombros, curve as costas para frente, como se estivesse deprimido, e tente pensar em algo alegre. Difícil, não é mesmo? Em seguida, espalhe-se na cadeira como em um dia de verão na praia, e depois tente pensar em uma conta para pagar. Igualmente complicado! A forma com que usamos o nosso corpo tem um reflexo direto no nosso estado interno e na nossa capacidade de lidar com os problemas.


                                              

  • Procure rir mais


Estudos de 1989 foram os primeiros a demonstrar alguma relação entre o riso e a redução do estresse, ao perceber que voluntários que assistiam vídeos humorísticos tinham uma queda maior nos hormônios cortisol e adrenalina, do que os que assistiam a qualquer vídeo. Depois disso, vários outros estudos confirmaram esse achado, que o riso reduz os níveis de hormônios e substâncias ligados ao estresse.

Rir libera endorfinas, que são hormônios que promovem a sensação de bem-estar; também ativa a sua resposta ao estresse, aumentando a sua frequência cardíaca e pressão arterial e criando uma sensação de relaxamento. Por fim, ele também estimula a circulação e ajuda a relaxar os músculos, o que reduz os sintomas físicos do estresse.

Além do mais, a risada tem o dom de mudar a perspectiva de quem está rindo sobre as situações. Como grande parte do estresse é devido a pensamentos, julgamentos e pressões internas por resultados que vamos criando no decorrer do dia, rir pode ser uma boa alternativa para conseguir ver a situação sobre um ponto de vista diferente.


  • Fazer sexo

Sexo vai além do prazer: os mecanismos hormonais da prática sexual beneficiam o corpo a lidar com estresse. O contato íntimo produz alterações químicas cerebrais, melhorando o humor devido à liberação de testosterona, estrogênio, prolactina, hormônio luteinizante e prostaglandina na corrente sanguínea.


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  • Dormir melhor

O estresse prolongado, antes de tudo, funciona como uma agressão ao nosso organismo. E dormir bem é uma das melhores formas do corpo se recuperar desse tipo de ataque. Quando você está descansado, tem uma maior clareza de pensamento e uma habilidade maior para reagir aos estímulos agressores. Pessoas que ficam longos períodos com privação de sono tendem estar mais desatentas e com os reflexos lentos. Tanto que pessoas que dormem pouco tendem a ser mais irritadas e diversos estudos relacionam transtorno de humor com pessoas que trabalham com turnos trocados.


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  • Respirar direito

A respiração está diretamente relacionada com nossas emoções e tem a capacidade de regulá-las de duas formas: primeiro por um mecanismo fisiológico, já que o estado de ansiedade nos faz inalar o ar com mais rapidez e de forma mais rasa, e mudar isso conscientemente ajuda a acalmar, pois o corpo volta ao equilíbrio. Outro ponto está no fato do indivíduo, ao tornar sua respiração consciente, traz sua atenção ao momento presente. Com isso o estado de ansiedade tende a ser minimizado.


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  • Auto incentivar-se

Dentro da psicologia existe um termo chamado "Positive talk" (em livre tradução, algo como fala positiva). O conceito vem do fato de que todas as pessoas conversam consigo mesmas, mas enquanto algumas sabem fazer isso como uma forma de alento e carinho, outras não sabem se auto incentivar: a maior parte das pessoas cultiva pensamentos de injustiça, sofrimento e pesar, além de fazer julgamentos sobre si mesmo que certamente não faria para os outros. O problema é que ter esse tipo de pensamento gera um círculo vicioso, que faz com que a pessoa se vitimize mais e, com isso, fiquem mais propensas a situações de estresse prolongado.



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  • Deixar o celular de lado


Hoje em dia o celular parece parte de nós, mas saiba que ele ajuda (e muito!) a aumentar o estresse das pessoas. Um estudo publicado no BMC Public Health em 2011 acompanhou 4156 jovens de 20 a 24 anos de idade por um ano, relacionando seu uso de celular com problemas de saúde mental, como depressão, estresse e falta de sono. Foi percebido que aqueles que usam muito seus telefones tinham incidências mais altas de estresse, principalmente naqueles que percebiam esse uso como algo estressante. Diversos fatores podem ajudar nisso. Muitas pessoas acabam continuando conectadas ao trabalho, por exemplo, por meio de seus celulares, não permitindo que elas tenham tempo de descanso. Outra questão é o imediatismo desses aparelhos: o uso excessivo do celular, das redes sociais e aplicativos pode colaborar com o estresse, na medida em que se torna mais uma obrigação, porque aparece para a outra pessoa a que horas que você abriu o aplicativo ou conversou pela última vez. Claro que não há problemas em se usar o celular, desde que seu uso seja equilibrado.


  • FONTE: MINHA VIDA



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