segunda-feira, 30 de setembro de 2013

Tudo sobre Diabetes!!!!


O que é Diabetes?

O diabetes é uma síndrome metabólica de origem múltipla, decorrente da falta de insulina e/ou da incapacidade de a insulina exercer adequadamente seus efeitos, causando um aumento daglicose (açúcar) no sangue. O diabetes acontece porque o pâncreas não é capaz de produzir o hormônio insulina em quantidade suficiente para suprir as necessidades do organismo, ou porque este hormônio não é capaz de agir de maneira adequada (resistência à insulina). A insulina promove a redução da glicemia ao permitir que o açúcar que está presente no sangue possa penetrar dentro das células, para ser utilizado como fonte de energia. Portanto, se houver falta desse hormônio, ou mesmo se ele não agir corretamente, haverá aumento de glicose no sangue e, consequentemente, o diabetes.
Tipos

Diabetes tipo 1

No diabetes tipo 1, o pâncreas perde a capacidade de produzir insulina em decorrência de um defeito do sistema imunológico, fazendo com que nossos anticorpos ataquem as células que produzem a esse hormônio. O diabetes tipo 1 ocorre em cerca de 5 a 10% dos pacientes com diabetes.


pré-diabetes é um termo usado para indicar que o paciente tem potencial para desenvolver a doença, como se fosse um estado intermediário entre o saudável e o diabetes tipo 2 - pois no caso do tipo 1 não existe pré-diabetes, a pessoa nasce com uma predisposição genética ao problema e a impossibilidade de produzir insulina, podendo desenvolver o diabetes em qualquer idade.Pré-diabetes

Diabetes tipo 2

No diabetes tipo 2 existe uma combinação de dois fatores - a diminuição da secreção de insulina e um defeito na sua ação, conhecido como resistência à insulina. Geralmente, o diabetes tipo 2 pode ser tratado com medicamentos orais ou injetáveis, contudo, com o passar do tempo, pode ocorrer o agravamento da doença. O diabetes tipo 2 ocorre em cerca de 90% dos pacientes com diabetes.

Diabetes Gestacional

É o aumento da resistência à ação da insulina na gestação, levando aos aumento nos níveis de glicose no sangue diagnosticado pela primeira vez na gestação, podendo - ou não - persistir após o parto. A causa exata do diabetes gestacional ainda não é conhecida.


Esses tipos de diabetes são decorrentes de defeitos genéticos associados a outras doenças ou ao uso de medicamentos. Podem ser:
Outros tipos de diabetes

  • Diabetes por defeitos genéticos da função da célula beta
  • Por defeitos genéticos na ação da insulina
  • Diabetes por doenças do pâncreas exócrino (pancreatite, neoplasia, hemocromatose, fibrose cística etc.)
  • Diabetes por defeitos induzidos por drogas ou produtos químicos (diuréticos, corticoides, betabloqueadores, contraceptivos etc.
    Sintomas de Diabetes

Principais sintomas do diabetes tipo 1:

  • vontade de urinar diversas vezes
  • fome frequente
  • sede constante
  • perda de peso
  • fraqueza
  • fadiga
  • nervosismo
  • mudanças de humor
  • náusea e vômito.

Principais sintomas do diabetes tipo 2:

  • infecções frequentes
  • alteração visual (visão embaçada)
  • dificuldade na cicatrização de feridas
  • formigamento nos pés e furúnculos.

Diagnóstico de Diabetes

O diagnóstico de diabetes normalmente é feito usando três exames:

Glicemia de jejum

glicemia de jejum é um exame que mede o nível de açúcar no seu sangue naquele momento, servindo para monitorização do tratamento do diabetes. Os valores de referência ficam entre 65 a 99 miligramas de glicose por decilitro de sangue (mg/dL). O que significam resultados anormais:
  • Hemoglobina glicadaResultados entre 99 mg/dL e 140 mg/dL são considerados anormais próximos ao limite e devem ser repetidos em uma outra ocasião
  • Valores acima de 140 mg/dL já são bastante suspeitos de diabetes, mas também devendo ser repetido em uma outra ocasião
  • Valores acima de 200 mg/dL são considerados diagnósticos para diabetes.
Hemoglobina glicada (HbA1c) a fração da hemoglobina ( proteína dentro do glóbulo vermelho) que se liga a glicose. Durante o período de vida da hemácia - 90 dias em média - a hemoglobina vai incorporando glicose, em função da concentração deste açúcar no sangue. Se as taxas de glicose estiverem altas durante todo esse período ou sofrer aumentos ocasionais, haverá necessariamente um aumento nos níveis de hemoglobina glicada. Dessa forma, o exame de hemoglobina glicada consegue mostrar uma média das concentrações de hemoglobina em nosso sangue nos últimos 3 meses . Os valores da hemoglobina glicada irão indicar se você está ou não com hiperglicemia, iniciando uma investigação para o diabetes. Valores normais da hemoglobina glicada:
  • Para as pessoas sadias: entre 4,5% e 5,7%
  • Para pacientes já diagnosticados com diabetes: abaixo de 7%
  • Anormal próximo do limite: 5,7% e 6,4% e o paciente deverá investigar para pré-diabetes
  • Consistente para diabetes: maior ou igual a 6,5%.

Curva glicêmica

O exame de curva glicêmica simplificada mede a velocidade com que seu corpo absorve a glicose após a ingestão. O paciente ingere 75g de glicose e é feita a medida das quantidades da substância em seu sangue após duas horas da ingestão. No Brasil é usado para o diagnóstico o exame da curva glicêmica simplificada, que mede no tempo zero e após 120 minutos.Os valores de referência são:
  • Em jejum: abaixo de 100mg/dl
  • Após 2 horas: 140mg/dl
Curva glicêmica maior que 200 mg/dl após duas horas da ingestão de 75g de glicose é suspeito para diabetes.
A Sociedade Brasileira de Diabetes recomenda como critério de diagnóstico de diabetes mellitus as seguintes condições:
  • Hemoglobina glicada maior que 6,5% confirmada em outra ocasião (dois testes alterados)
  • Uma dosagem de hemoglobina glicada associada a glicemia de jejum maior que 200 mg/dl na presença de sintomas de diabetes
  • Sintomas de urina e sede intensas, perda de peso apesar de ingestão alimentar, com glicemia fora do jejum maior que 200mg/dl
  • Glicemia de jejum maior ou igual a 126 mg/dl em pelo menos duas amostras em dias diferentes
  • Glicemia maior que 200 mg/dl duas horas após ingestão de 75g de glicose.

  • Tratamento de Diabetes
O tratamento correto do diabetes significa manter uma vida saudável e o controle da glicemia, a fim de evitar possíveis complicações da doença. Os principais cuidados para tratar o diabetes incluem:


A atividade física é essencial no tratamento do diabetes para manter os níveis de açúcar no sangue controlados e afastar os riscos de ganho de peso. A prática de exercícios deve ser realizadas de três a cinco vezes na semana. Há restrição nos casos de 
hipoglicemia, principalmente para os pacientes com diabetes tipo 1. Dessa forma, pessoas com a glicemia muito baixa não devem iniciar atividade física, sob o risco de baixar ainda mais os níveis. Por outro lado, caso o diabetes esteja descontrolado, com glicemia muito elevada, o exercício pode causar a liberação de hormônios contra-reguladores, aumentando mais ainda a glicemia. Em todos os casos, os pacientes com diabetes devem sempre combinar com seus médicos quais são as melhores opções. Lembrando que o ideal é privilegiar atividades físicas leves, pois quando o gasto calórico é maior do que a reposição de nutrientes após o treino, pode haver a hipoglicemia.Exercícios físicos

Controle da dieta

Pessoas com diabetes devem evitar os açúcares simples presentes nos doces e carboidratos simples, como massas e pães, pois eles possuem um índice glicêmico muito alto. Quando um alimento tem o índice glicêmico baixo, ele retarda a absorção da glicose. Mas, quando o índice é alto, esta absorção é rápida e acelera o aumento das taxas de glicose no sangue. Oscarboidratos devem constituir de 50 a 60% das calorias totais ingeridas pela pessoa com diabetes, preferindo-se os carboidratos complexos (castanhas, nozes, grãos integrais) que serão absorvidos mais lentamente.
Verificar a glicemiaQuem tem diabetes também pode sofrer com a hipoglicemia. Quando for praticar exercícios é importante verificar o controle glicêmico antes do início da atividade, para então escolher o melhor alimento - se a glicemia está muito baixa, é aconselhável dar preferência aos carboidratos, assim como deve-se evitá-los se estiver alta. A escolha do alimento depende também do tipo de exercício: exercícios aeróbicos de grande duração (como corrida e natação) tendem a baixar a glicemia, sendo necessária uma ingestão maior de alimentos.
Todos os portadores de diabetes tipo 1 precisam tomar insulina diariamente, porém nem todos os pacientes com diabetes tipo 2 necessitam dessas doses. No entanto, em ambos os casos é importante fazer o autoexame para verificar sua glicose em casa.
Para fazer essa medida é necessário ter em casa um glicosímetro, dispositivo capaz de medir a concentração exata de glicose no sangue. Existem diferentes tipos de aparelhos. Normalmente, a pessoa fura o dedo com uma agulha pequena chamada lanceta. Uma pequena gota de sangue aparece na ponta do dedo. Coloca-se o sangue em uma tira reagente que é inserida no aparelho. Os resultados aparecem em cerca de 30 a 45 segundos.

Tipos de insulina 
O médico ou outro profissional que trabalhe com diabetes ajudará a definir um cronograma de testes feitos em casa. O médico o ajudará a definir as metas relativas às taxas de glicose do paciente, que deve se basear nos resultados dos testes para alterar as refeições, suas atividades ou os medicamentos e, assim, manter os níveis de glicose normalizados. Este procedimento pode ajudar a identificar as altas e as baixas taxas de glicose no sangue antes que causem problemas.
  • Insulina regular: é uma insulina rápida e tem coloração transparente. Após ser aplicada, seu início de ação acontece entre meia e uma hora, e seu efeito máximo se dá entre duas a três horas após a aplicação.
  • Insulina NPH: é uma insulina intermediária e tem coloração leitosa. A sigla NPH que dizer Neutral Protamine Hagedorn, sendo Hagedorn o sobrenome de um dos seus criadores e Protamina o nome da substância que é adicionada à insulina para retardar seu tempo de ação. Após ser aplicada, seu início de ação acontece entre duas e quatro horas, seu efeito máximo se dá entre quatro a 10 horas e a sua duração é de 10 a 18 horas
  • Análogo de insulina: moléculas modificadas da insulina que o nosso corpo naturalmente produz, e podem ter ação ultrarrápida ou ação lenta. Existem alguns tipos de análogos ultrarrápidos disponíveis no mercado brasileiro, são eles: Asparte, Lispro e Glulisina. Após serem aplicados, seu início de ação acontece de cinco a 15 minutos e seu efeito máximo se dá entre meia e duas horas. São encontrados também dois tipos de ação longa: Glargina e Detemir. A insulina análoga Glargina tem um início de ação entre duas a quatro horas após ser aplicada, não apresenta pico de ação máxima e funciona por 20 a 24 horas. Já o análogo Detemir tem um início de ação entre uma a três horas, pico de ação entre seis a oito horas e duração de 18 a 22 horas.
  • Pré-mistura: consiste de preparados especiais que combinam diferentes tipos de insulina em várias proporções. Podem ser 90:10, ou seja 90% de insulina lenta ou intermediária e 10% de insulina rápida ou ultrarrápida. Eles também pode ter outras proporções, como 50:50 e 70:30.

Aplicação da insulina

A insulina deve ser aplicada diretamente no tecido subcutâneo (camada de células de gordura), logo abaixo da pele. A espessura da pele gira em torno de 1,9 a 2,4 milímetros (mm) nos locais de aplicação da insulina. As agulhas utilizadas podem ter 4, 5, 6 ou, no máximo, 8 mm. O ângulo de aplicação varia em função da quantidade de gordura da área de aplicação do paciente com diabetes. Por exemplo, no caso de uma pessoa magra e com pouca gordura na região de aplicação, corre-se maior risco de atingir os músculos quando se utiliza agulha mais longa e ângulo de aplicação de 90° em relação à superfície da pele. Nesses casos, pode-se optar por uma agulha mais curta, fazer uma prega cutânea (de pele) e aplicar em ângulo de 45°. Lembrando que a prega na pele para quem tem diabetes é utilizada a fim de evitar que a agulha atinja os músculos que se situam logo abaixo do tecido adiposo, pois nesse local a insulina pode ser absorvida mais rapidamente. Deve haver um rodízio entre os locais de aplicação, pois essa conduta diminui o risco de complicações na região da aplicação, tal como a hipertrofia (pontos endurecidos abaixo da pele) ou atrofia (depressões no relevo da pele ocasionado por perda de gordura). O ideal é aguardar 20 a 30 dias para voltar a aplicar no mesmo ponto. A distância entre dois pontos de aplicação deve ser de mais ou menos três centímetros (dois dedos). No abdome, as insulinas podem ser absorvidas de forma mais rápida do que nos braços e coxas. A escolha das agulhas pode seguir as seguintes recomendações:
Para os adultos
  • Agulhas com 4, 5 ou 6 mm podem ser usadas por adultos obesos e não obesos e, geralmente, não requerem a realização de prega cutânea, especialmente para as agulhas de 4 mm
  • Em geral, quando são usadas agulhas curtas (4, 5 ou 6 mm), as aplicações deveriam ser feitas em ângulo 90°. Contudo, quando a aplicação for realizada nos membros ou em abdomes magros, uma prega cutânea pode ser feita para garantir que não haja injeção intramuscular, mesmo com agulhas de 4 e 5 mm. Neste caso, as injeções com agulha de 6 mm só deveriam ser usadas com a realização de uma prega cutânea ou em ângulo de 45°
  • Não há razão médica para usar agulhas mais longas do que 8 mm.
Para as criança e crianças e os adolescentes
  • Agulhas com 4, 5 ou 6 mm podem ser utilizadas. Não há razão médica para usar agulhas mais longas
  • Crianças e adolescentes com diabetes magros e aqueles que injetam em braços e pernas podem precisar fazer uma prega cutânea, especialmente quando são usadas agulhas de 5 ou 6 mm. Quando for usada uma agulha de 6 mm, a aplicação com ângulo de 45º pode ser realizada no lugar da prega cutânea
  • Para a maioria das crianças, exceto aquelas muito magras, uma agulha de 4 mm pode ser inserida a 90º sem necessidade de prega cutânea. Se apenas uma agulha de 8 mm estiver disponível (que pode acontecer com usuários de seringas), realizar a prega cutânea e, além disso, inserir a agulha em ângulo de 45º.
Para as gestantes
  • O aparecimento de ecmoses (manchas roxas) é comum no local de aplicação de insulina
  • As agulhas curtas (4, 5 ou 6 mm) podem ser usadas pelas gestantes
  • Quando apenas uma agulha de 8 mm estiver disponível, a região do abdome deve ser evitada e a aplicação realizada com a prega cutânea e em ângulo de 45°
  • É prudente realizar a prega cutânea em todos os locais de aplicação
  • Para evitar complicações, recomenda-se evitar a aplicação de insulina na região abdominal, especialmente ao redor do umbigo, no último trimestre da gestação. Recomenda-se a aplicação de insulina na região glútea (nádegas) para as gestantes magras. A região dos flancos do abdome pode ser usada, também, desde que se faça a prega cutânea.
Os melhores locais para a aplicação de insulina são:
  • Abdome (barriga)
  • Coxa (frente e lateral externa)
  • Braço (parte posterior do terço superior)
  • Região da cintura
  • Glúteo (parte superior e lateral das nádegas).
Passo-a-passo no momento de aplicação da insulina:
  • Separe todo do material: insulinas prescritas, seringa, agulha, algodão e álcool
  • Lave bem as mãos com água e sabão
  • Em seguida, limpe os locais de aplicação com algodão embebido em álcool. O ideal é utilizar uma nova seringa e agulha em cada aplicação
  • As insulinas NPH e as pré-misturas devem ser suavemente misturadas, rolando o frasco entre as mãos aproximadamente 20 vezes, sem agitar o frasco, até o líquido ficar leitoso e homogêneo. Esse procedimento não é necessário para as insulinas transparentes
  • Limpe a tampa de borracha da parte superior dos frascos com algodão embebido em álcool em um sentido único
  • Aspire uma quantidade de ar para dentro da seringa igual aquela prescrita mantendo a agulha tampada com a sua capa de plástico
  • Retire a capa da agulha e apoie o frasco em uma superfície plana. Introduza a agulha através da tampa de borracha do frasco de insulina e injete o ar que está dentro da seringa para dentro do frasco
  • Vire o frasco de cabeça para baixo e aspire a quantidade de insulina prescrita. Se houver bolhas na seringa, injetar a insulina de volta no frasco e repetir o procedimento
  • Retire a agulha do frasco
  • Limpe o local escolhido passando o algodão embebido em álcool sobre a pele sempre em um único sentido. Após passar o álcool, não aplicar a insulina até que a pele esteja completamente seca
  • Com a seringa entre os dedos, como se fosse uma caneta, deve-se fazer um movimento rápido em direção à pele (movimento de arremesso de um dardo) em ângulo de 90º ou 45º conforme orientado. Fazer a prega cutânea quando necessário. Já a injeção da insulina deve ser feita de maneira lenta. Aplicar a insulina na temperatura ambiente ajuda a reduzir a dor durante a aplicação. O ideal é retirar o frasco de insulina da geladeira 15 minutos antes da aplicação
  • Retire a agulha da pele e pressione o local suavemente com um algodão seco. Não se deve fazer massagem na região de aplicação, pois isso pode aumentar o fluxo sanguíneo e alterar a absorção da insulina. Tampe imediatamente a agulha com a capa para evitar contaminação a acidentes
  • O uso das canetas deve ser realizado de acordo com as instruções do fabricante de cada uma delas. Seu uso deve ser restrito a apenas um paciente. As agulhas devem ser imediatamente desconectadas da caneta e descartadas após a aplicação e usadas apenas uma vez para evitar contaminação e infecção. Após a aplicação da insulina, conte até 10 (dez segundos) para retirar da agulha. Quando forem aplicadas doses maiores, pode ser necessário contar até 20 segundos, a fim de evitar que parte da insulina volte para a superfície da pele quando a agulha for retirada. Essa contagem não é necessária para aplicação com seringas.

Maneire no consumo de bebidas alcoólicas.
A insulina regular deve ser aplicada preferencialmente no abdômen para aumentar a taxa de absorção, enquanto a NPH deve ser aplicada, preferencialmente, nas coxas ou nas nádegas, para retardar a absorção e reduzir o risco de hipoglicemia. O aparecimento de ecmoses (manchas roxas) é comum no local de aplicação de insulina. Elas são decorrentes do extravasamento de sangue quando vasos sanguíneos são perfurados pela agulha.
O consumo de álcool não é proibido, mas deve ser moderado e sempre acompanhado de um alimento, pois o consumo isolado pode causar hipoglicemia. O que pode causar enjoo, tremores pelo corpo, fome excessiva, irritação e dores de cabeça. Também é importante fazer o monitoramento de glicemia antes e depois de consumir bebidas alcoólicas. Cuidado com cervejas e bebidas doces ou à base de carboidratos. Elas têm alto índice glicêmico e podem trazer problemas.

Evite saunas e escalda pés

O diabetes afeta a microcirculação, lesionando as pequenas artérias (arteríolas) que nutrem os tecidos, que atingem especialmente as pernas e os pés. Em função desta alteração circulatória, os riscos de exposição às altas temperaturas e aos choques térmicos podem agravar ou desencadear quadros de angiopatias e outros problemas cardíacos. Além disso, o diabetes afeta a sensibilidade dos pés, e a pessoa pode não perceber a água muito quente ao fazer escalda pés.

Aumente os cuidados com os olhos

As células da córnea do paciente com diabetes não têm a aderência que se encontra na maioria daqueles que não tem diabetes. Essa fragilidade é a porta de entrada para uma série de infecções oportunistas e doenças como catarata e glaucoma.

Controle o estresse

Pessoas com diabetes têm maiores chances de ter ansiedade e depressão. Os pacientes podem sentir uma sensação de ansiedade em relação ao controle da hipoglicemia, da aplicação de insulina, ou com o ganho de peso.

Corte o cigarro

Diabetes e cigarro multiplicam em até cinco vezes o risco de infarto. As substâncias presentes no cigarro ajudam a criar acúmulos de gordura nas artérias, bloqueando a circulação. Consequentemente, o fluxo sanguíneo fica mais e mais lento, até o momento em que a artéria entope. Além disso, fumar também contribui para a hipertensão no paciente com diabetes.

Cuide da saúde bucal

A higiene bucal após cada refeição para o paciente com diabetes é fundamental. Isso porque o sangue dos portadores de diabetes, com alta concentração de glicose, é mais propício ao desenvolvimento de bactérias. Por ser uma via de entrada de alimentos, a boca acaba também recebe diversos corpos estranhos que, somados ao acúmulo de restos de comida, favorecem a proliferação de bactérias. Realizar uma boa escovação e ir ao dentista uma vez a cada seis meses é essencial.

Complicações possíveis

Retinopatia diabética

Lesões que aparecem na retina do olho, podendo causar pequenos sangramentos e, como consequência, a perda da acuidade visual.

Endurecimento e espessamento da parede das artériasArteriosclerose

Getty ImagesArteriosclerose: endurecimento e espessamento da parede das artérias

Nefropatia diabética

Alterações nos vasos sanguíneos dos rins que fazem com que ocorra uma perda de proteína pela urina. O órgão pode reduzir a sua função lentamente, mas de forma progressiva até a sua paralisação total.

Neuropatia diabética

Os nervos ficam incapazes de emitir e receber as mensagens do cérebro, provocando sintomas, como formigamento, dormência ou queimação das pernas, pés e mãos, dores locais e desequilíbrio, enfraquecimento muscular, traumatismo dos pelos, pressão baixa, distúrbios digestivos, excesso de transpiração e impotência.
Pé diabético
Ocorre quando uma área machucada ou infeccionada nos pés de quem tem diabetes desenvolve uma úlcera (ferida). Seu aparecimento pode ocorrer quando a circulação sanguínea é deficiente e os níveis de glicemia são mal controlados. Qualquer ferimento nos pés deve ser tratado rapidamente para evitar complicações que podem levar à amputação do membro afetado.

Infarto do miocárdio e AVC

Ocorrem quando os grandes vasos sanguíneos são afetados, levando à obstrução (arteriosclerose) de órgãos vitais como o coração e o cérebro. O bom controle da glicose, a atividade física e os medicamentos que possam combater a pressão alta, o aumento docolesterol e a suspensão do tabagismo são medidas imprescindíveis de segurança. A incidência desse problema é de duas a quatro vezes maior em pessoas com diabetes.

Infecções

O excesso de glicose pode causar danos ao sistema imunológico, aumentando o risco da pessoa com diabetes contrair algum tipo de infecção. Isso ocorre porque os glóbulos brancos (responsáveis pelo combate a vírus, bactérias etc.) ficam menos eficazes com a hiperglicemia. O alto índice de açúcar no sangue é propício para que fungos e bactérias se proliferem em áreas como boca e gengiva, pulmões, pele, pés, genitais e local de incisão cirúrgica.

Hipertensão

Ela é uma consequência da obesidade - no caso do diabetes tipo 2 - e da alta concentração de glicose no sangue, que prejudica a circulação, além da arteriosclerose que também contribui para o aumento da pressão.

Convivendo/ Prognóstico

Pacientes com diabetes devem ser orientados a:
  • Realizar exame diário dos pés para evitar o aparecimento de lesões
  • Manter uma alimentação saudável
  • Utilizar os medicamentos prescritos
  • Praticar atividades físicas
  • Manter um bom controle da glicemia, seguindo corretamente as orientações médicas.

Prevenção

Pacientes com história familiar de diabetes devem ser orientados a:
  • Manter o peso normal
  • Não fumar
  • Controlar a pressão arterial
  • Evitar medicamentos que potencialmente possam agredir o pâncreas
  • Praticar atividade física regular
  • Perguntas frequentes

Meu exame de glicemia está acima dos 100 mg/dl. Estou com diabetes?

Não necessariamente. O exame de glicemia do jejum é o primeiro passo para investigar o diabetes e acompanhar a doença. Os valores normais da glicemia do jejum ficam entre 75 e 110 mg/dL (miligramas de glicose por decilitro de sangue). Estar um pouco acima ou abaixo desses valores indica apenas que o indivíduo está com uma glicemia no jejum alterada. Isso funciona como um alerta de que a secreção de insulina não está normal, e o médico deve seguir com a investigação solicitando um exame chamado curva glicêmica, que define se o paciente possui intolerância à glicose, diabetes ou então apenas um resultado alterado.

Diabetes é contagioso?

O diabetes não passa de pessoa para pessoa. O que acontece é que, em especial no tipo 1, há uma propensão genética para se ter a doença e não uma transmissão comum. Pode acontecer, por exemplo de a mãe ter diabetes e os filhos nascerem totalmente saudáveis. Já o diabetes tipo 2 é uma consequência de maus hábitos, como sedentarismo e obesidade, que também podem ser adotados pela família inteira - explicando porque pessoas próximas tendem a ter a doença conjuntamente.

Posso consumir mel, açúcar mascavo e caldo de cana?

Apesar de naturais, esses alimentos tem açúcar do tipo sacarose, maior vilã do diabetes. Hoje, os padrões internacionais já liberam que 10% dos carboidratos ingeridos podem ser sacarose, mas sem o controle e a compensação, os níveis de glicose podem subir e desencadear uma crise. O paciente até pode consumir, mas ele deve ter noção de que não pode abusar e compensar com equilíbrio na dieta.

Insulina causa dependência química?

A aplicação de insulina não promove qualquer tipo de dependência química ou psíquica. O hormônio é importante para permitir a entrada de glicose na célula, tornando-se fonte de energia. Não se trata de dependência química e sim de necessidade vital. O paciente com diabetes precisa da insulina para sobreviver, mas não é um viciado na substância. Alimentação dos Diabéticos

O diabetes é uma doença bastante séria, que pode ser tratada com algumas mudanças de hábitos, principalmente no que diz respeito a alimentação. Todo mundo sabe que os diabéticos devem evitar o açúcar, mas não basta cortar os doces para manter a glicose controlada. Por isso, levantamos algumas informações essenciais sobre a dieta dos diabéticos. Veja as dicas:

1. Nada é Proibido

Ao receber o diagnóstico do diabetes, muitas pessoas se desesperam pensando que terão uma vida cheia de privações. É bem verdade que o diabético não deve abusar dos doces, massas e mesmo alguns legumes e frutas, mas isso não quer dizer esses alimentos são proibidos. Quem está com a glicose controlada pode até comer uma sobremesa de vez em quando. No entanto, o ideal é consultar um médico ou nutricionista para entender melhor qual é a sua situação.
Dieta para quem tem diabetes
Dieta para quem tem diabetes

2. Comer a Cada Três Horas

Essa dica deveria ser seguida não só pelos diabéticos, mas por todas as pessoas. Oferecer pequenas porções de alimentos ao organismo várias vezes por dia é uma boa forma de perder peso, prevenir doenças e regular a glicose. Então, ao invés de abusar nas refeições principais, prefira comer pouco a cada três horas. O mais importante é que você não sinta fome ao longo do dia.

3. Cuidado com Produtos Diet e Light

É cada vez mais comum encontrarmos diversos produtos diet, light ou zero no supermercado. Porém, eles não são necessariamente mais saudáveis, nem devem ser consumidos indiscriminadamente por quem tem diabetes. Lembre-se sempre de procurar no rótulo se o alimento tem ou não adição açúcar. Converse também com o seu médico antes de comprar doces e guloseimas diet.

4. Abuse das Fibras

Os alimentos que contêm fibras, como frutas, hortaliças e cereais integrais, são essenciais para os diabéticos. Em nosso organismo, as fibras alimentares dificultam a absorção do açúcar durante a digestão. Assim, fica mais fácil controlar a glicose vinda dos carboidratos e das frutas. Uma ótima sugestão é sempre usar as frutas com casca e adicionar um pouco de aveia ou linhaça na hora de comer.

 Cuide da sua alimentação, tome os remédios receitados, faça todo o tratamento direitinho: Isso só trará benefícios. Oque é bom para um, não é bom para o outro. Bastante atenção

Mel e Diabetes

Juntamente com o diagnóstico do diabetes vem a recomendação de uma dieta moderada em açúcar. Como o diabetes indica uma dificuldade na metabolização da glicose, é importante que o paciente reduza a ingestão de alimentos açucarados para controlar o índice glicêmico. Daí surge dúvida: o que é permitido e o que é proibido na alimentação dos diabéticos?
O mel é um dos alimentos mais polêmicos. Muitos afirmam que, por ser natural, a mistura produzida pelas abelhas não faz mal à saúde. Porém, ela é rica é diferentes tipos de açúcar e, portanto, pode contribuir para a elevação dos níveis de glicemia. Mas afinal, será que os diabéticos podem comer o mel de abelha?
Mel de Abelha
Mel: saudável para todos?

Consumo de Mel por Diabéticos

Antes de mais nada, é preciso esclarecer que somente um nutricionista pode prescrever a dieta ideal para quem sofre com o diabetes. Ao receber o diagnóstico da doença, é importante que a pessoa procure um especialista, tire suas dúvidas e explique sobre seus hábitos alimentares. Dessa forma, o profissional da nutrição poderá elaborar um cardápio adequado, bem como tentar manter alguns dos alimentos preferidos do paciente, desde que em pequenas quantidades.
Assim, o consumo de mel por diabéticos deve ser acompanhado pelo nutricionista. Em alguns casos, o diabético poderá usá-lo no preparo de alguns alimentos, seguindo as recomendações de quantidade estabelecidas pelo especialista. Tudo irá depender dos níveis da glicemia no sangue e também do tipo de diabetes apresentado pelo paciente.
É importante salientar ainda que, salvo raríssimos casos, a ingestão do mel puro não é recomendada aos diabéticos, pois ele é rapidamente absorvido pelo organismo e pode elevar o índice glicêmico em pouco tempo. O mito de que o diabético precisa comer um pouquinho de açúcar regularmente para estimular a produção de insulina também é desmentido pelos médicos.

Prefira os Adoçantes

Apesar de alguns estudos mostrarem que o consumo da substância pode ser prejudicial, a melhor solução para os diabéticos é mesmo o adoçante. Além de não interferir na glicose, o adoçante evita a obesidade, melhorando o quadro do diabetes. A dica é seguir a recomendação do nutricionista e não abusar na quantidade. Os adoçantes à base de stévia, como mostramos recentemente, também são uma opção para o portador da doença crônica. Converse com seu médico para escolher a alternativa mais saudável.

sexta-feira, 27 de setembro de 2013

Aleitamento Materno


Aleitamento materno: mitos, benefícios, dificuldades e soluções

amamentação é um ato natural, presente em muitos animais (mamíferos), inclusive no homem, e tanto constitui a melhor forma de alimentar suas crias nos seus primeiros tempos de vida, quanto de protegê-las em relação a muitas enfermidades infecciosas. O colostro, como são chamadas as primeiras secreções mamárias, é rico em proteínas e contém importantes anticorpos que não conseguiram atravessar a barreira placentária. Nesse sentido, o leite materno funciona como “a primeira vacina”. Além disso, na espécie humana o ato de amamentar contribui para gerar afetos positivos entre mãe e bebê.
Embora seja um processo natural, vários aspectos da amamentação podem ser aprendidos e aperfeiçoados, para que você possa amamentar com maior sucesso. A amamentação deve ser a única forma de alimentar a criança nos primeiros seis meses de vida e pode continuar sendo associada a outros alimentos até os dois anos de idade.
Somente em raríssimas condições a amamentação está contraindicada como, por exemplo, em mães portadoras do HIV ou que estejam tomando remédios nocivos ao bebê, que se eliminem pelo leite e que não possam ser suspensos. Nesses casos, o médico deve sempre ser consultado a respeito.
Há outros meios de alimentar o bebê, além do aleitamento materno, mas a amamentação é, de longe, o melhor deles. Além disso, geralmente se constitui para a mulher numa experiência tão formidável e gratificante que todo o esforço deve ser feito para viabilizá-la. Justamente por ser uma atividade tão importante, pode ser vivida com grandes ansiedades e apreensões pelas mulheres, principalmente por aquelas que são “marinheiras de primeira viagem”. Esses fatores psicológicos podem acabar contribuindo para que a amamentação seja mais difícil do que poderia ser.
Mitos sobre a amamentação
Comecemos por derrubar alguns mitos comuns, mas que NÃO são verdadeiros:
  1. “A mulher que faz plástica nos seios não consegue amamentar”. Não é verdadeiro. As implantações de silicone em geral são feitas atrás do tecido mamário ou mesmo abaixo dos músculos peitorais e preservam as ligações das glândulas mamárias com os mamilos, permitindo a amamentação. No entanto, as próteses muito volumosas ou as cirurgias de redução das mamas, que implicam numa retirada parcial da glândula, podem dificultar um pouco, mas não impedir a amamentação.
  2. “A amamentação engorda”. Não é verdadeiro. Há mulheres que inclusive emagrecem nessa fase. A mulher que amamenta gasta mais calorias do que normalmente gastaria, contribuindo para “entrar em forma” mais rapidamente depois do parto.
  3. “Há mulheres que têm o leite fraco”. Não é verdadeiro. Não há leite fraco. Mesmo mulheres com algum grau de desnutrição produzem leite adequado.
  4. “Mulheres que têm seios grandes produzem mais leite do que as que têm seios pequenos”. Não é verdadeiro. O tamanho dos seios depende do tecido gorduroso, não das glândulas mamárias, que se apresentam aproximadamente na mesma quantidade em todas as mulheres.
  5. “Não se deve dar o peito se o bebê estiver amarelinho” (com icterícia). Não é verdadeiro. A icterícia neonatal é um fenômeno fisiológico que, na maioria das vezes, nada tem a ver com a amamentação.
  6. “Deve-se parar de oferecer o peito quando começam a aparecer os dentinhos”. Não é verdadeiro. A necessidade do leite materno nada tem a ver com a dentição da criança.
  7. “Se a mãe estiver estressada ou nervosa, dar de mamar prejudica o bebê”. Não é verdadeiro. Pode prejudicar a formação do leite ou a relação mãe-bebê, mas não altera a qualidade do leite produzido.
  8. “O bebê com sobrepeso deve mamar menos”. Não é verdadeiro. A evolução ponderal do bebê se deve a outros fatores (genéticos, endócrinos, biológicos, etc.) que não a amamentação.
  9. “Cerveja preta e canjica aumentam a produção de leite”. Não é verdadeiro. A quantidade de leite produzido é regulada pela hipófise e a mãe que se alimenta adequadamente e ingere líquidos em quantidades suficientes terá uma produção adequada de leite, sem necessidade de qualquer tipo de dieta especial.
Benefícios da amamentação
amamentação traz vários benefícios para a mãe e para o bebê:
Para a mãe:
  1. Estimula a contração uterina e impõe um gasto calórico maior, ajudando na recuperação da forma física existente antes da gravidez.
  2. Previne o câncer de mama e de útero e diminui a incidência de muitas outras condições médicas desagradáveis, como doenças cardíacas, derrame cerebral, elevação do colesteroldiabetesasma, etc.
  3. Diminui a possibilidade de osteoporose.
  4. Contribui para criar importantes laços afetivos entre a mãe e o bebê.
Para o bebê:
  1. Fornece os anticorpos que o protegem de muitas enfermidades, sobretudo infecciosas.
  2. Fornece uma alimentação natural adequada às suas necessidades.
  3. Melhora a formação da boca e o alinhamento dos dentes.
Técnicas corretas para a amamentação
Até seis meses de idade, a alimentação da criança deve ser exclusivamente constituída de leite materno, administrado de preferência por mamadas no peito. A partir daí, até cerca de dois anos da idade, ela pode ser intercalada com papinhas e outros alimentos sólidos. Para dar de mamar, adote os seguintes cuidados:
  1. Lave e seque bem os mamilos, antes de cada mamada.
  2. Alterne os lados da mamada. Comece cada mamada no seio do lado contrário ao que tenha terminado a mamada anterior. O bebê geralmente suga cada seio durante 10 a 15 minutos, mas este tempo varia muito de bebê para bebê. Tenha paciência. Cada bebê tem seu ritmo próprio, mas a mamada nunca é uma coisa rápida.
  3. Se necessário, use medicamentos, como analgésicos, cremes, vitaminas, etc. Mas aconselhe-se com um médico, porque há medicamentos que NÃO devem ser tomados durante o aleitamento.
  4. Os bebês têm ritmos diferentes de sugar. Uns são muito ávidos, outros são muito lentos. No entanto, é conveniente que o bebê sugue bastante, porque isso estimula a produção de leite.
  5. Dê de mamar dentro da primeira hora de vida do bebê. Se possível, ainda dentro da sala de parto. Quanto mais cedo, melhor para o vínculo mãe-bebê e para estimular a produção dos hormônios necessários! Como nos primeiros meses de vida o bebê ainda não formou seu esquema de horários, alimente-o sempre que ele manifestar desejo. Posteriormente, dê de mamar a cada três horas, mas não seja excessivamente rigorosa nisso. Cada bebê tem seu ritmo de fome. Deixe o bebê dormir nos intervalos das mamadas. Aproveite para descansar, você também merece!
  6. Ache uma posição que seja cômoda para a mãe e para o bebê. Em geral a mãe estará sentada numa poltrona, relaxada, com as costas apoiadas e a coluna reta. O bebê deve ser elevado até a altura dos seios ou estar apoiado em uma almofada que o coloque nessa posição. Se a mãe estiver deitada, o bebê também deve estar deitado, paralelo a ela e colocado de modo a alcançar comodamente os mamilos.
  7. Se sentir sede, antes de amamentar, tome água, leite ou sucos. O ideal é que você não chegue a sentir sede, mas que se mantenha hidratada ao longo do dia.
  8. A mãe deve estar descansada, bem alimentada e ter dormido bem; coisas que nem sempre são possíveis nessa fase da vida. Mas ela deve contar com a ajuda dos familiares nesta hora, sempre que possível.
  9. As mãos que segurarão o bebê e tocarão os seios devem ser bem lavadas, antes de cada mamada.
  10. Ponha o bebê na posição vertical, para arrotar. É assim que ele elimina o ar que ingeriu enquanto mamava e que causa muitas cólicas. Não é necessário esperar pelo fim da mamada para que o bebê arrote. Faça intervalos durante as mamadas e procure fazer com que o bebê arrote durante eles. Exercícios de “tapinhas” nas costas podem ajudar. Nunca ponha o bebê no berço antes dele arrotar!
  11. Muitas mulheres produzem leite suficiente para alimentar seu bebê e ainda outros mais. Se a mãe tiver leite em excesso, ele pode ser retirado e conservado em vasilhame de vidro esterilizado. Na geladeira, dura 24 horas; no congelador, até 15 dias! Nesses casos, que tal fazer uma doação para um banco de leite?
Possíveis dificuldades e soluções
Ingurgitamento (ou empedramento) das mamas
Pode ocorrer um ingurgitamento (ou empedramento) das mamas, devido à excessiva produção de leite e à maior vascularização e aumento da circulação sanguínea das mamas. Isso pode dificultar a “pega” do bebê e ser dolorido para a mãe. Nesses casos, a mãe deve manter os seios elevados, com sutiãs firmes, usar compressas frias no intervalo das mamadas e compressas quentes imediatamente antes delas. Os analgésicos podem ser usados, a conselho médico. Se os seios estiverem muito volumosos e endurecidos, pode ser retirado leite antes da mamada, para torná-los mais cômodos para o bebê. Nunca suspender a amamentação!
Insuficiência de leite
Em muitas ocasiões essa queixa está mais relacionada à ansiedade materna. A quantidade satisfatória ou não do leite materno deve ser julgada mais por fatores objetivos, como o ganho ponderal do bebê e o número de suas micções (6 a 8 por dia) que pelas impressões subjetivas das mães ou dos familiares. Se houver uma insuficiência real, a amamentação deve ser complementada e NÃO substituída por alimentação artificial.
Mastite
Inflamação das mamas, geralmente infectada por uma bactéria conhecida como Staphylococcus aureus, a partir de rachaduras nos bicos dos seios. Gera dor, edema, hiperemia, calor local, febre, mal-estar e, eventualmente, abscesso. O tratamento deve ser feito com antibióticos. A mama deve ser delicadamente esvaziada e a amamentação suspensa, quando necessário. Consulte seu médico a respeito

Cuidados com as mamas antes e durante a amamentação

Algumas dicas para você diminuir ou acabar com possíveis dores na hora de amamentar seu bebê.

As mamães, principalmente as de primeira viagem, ficam muito ansiosas em relação à amamentação. São tantas dúvidas que surgem. Elas acham que vai machucar o bico do seio, que não vão conseguir amamentar e que o peito pode empedrar. São histórias que normalmente chegam aos seus ouvidos muitas vezes sem clareza.
Vamos falar sobre eventuais dores na mama. Durante a gestação, a aréola do peito já se modifica para receber a boca do bebê. Ela fica mais escura e a pele dessa região um pouco mais grossa e menos sensível. Para ajudar, a mamãe pode tomar sol na região durante 15 minutos por dia, evitando o sol das 10h da manhã até as 16h.
Pode também durante o banho passar uma bucha macia (nada de bucha áspera, tem que ser macia), sem esfregar, ou depois do banho passar a toalha de banho na região, massageando. Isso vai ajudando a região a ficar menos sensível.
Depois que o bebê nascer, não passe nenhum produto para limpar ou hidratar as mamas, principalmente na região das aréolas, que é onde o bebê deve abocanhar. “O leite materno é o melhor produto para hidratar”, informa a fonoaudióloga Jamile Elias.
Não precisa passar álcool para esterilizar o bico antes de o bebê mamar: o próprio leite já faz essa função. As mamas estão um pouco ressecadas ou começando a rachar, leite materno nelas. Passe o leite, espere secar e depois coloque o sutiã. Na hora do banho a mamãe pode lavar as mamas com sabonete e depois enxaguá-las com bastante água.
O sutiã deve sustentar as mamas, com alças mais largas, de preferência de algodão, que são mais confortáveis.
As mamas estão empedrando? Nada de colocar compressa de água quente. No começo pode aliviar, mas logo depois piora. O recomendado é fazer compressa de água fria para aliviar.
Nunca se esquecendo de que rachaduras e empedramento podem ser consequências de uma má pega do bebê no peito. A boca do bebê deve ficar bem aberta e abocanhado praticamente toda a aréola da mamãe. Se abocanhar só o bico pode machucar e o bebê terá dificuldade de retirar o leite.
Lembre-se que a amamentação pode ser um período maravilhoso na vida da mãe e do filho. Consulte profissionais da saúde, como médicos pediatras, ginecologistas, fonoaudiólogos e enfermeiros.

Não é fácil mas é possível. Principalmente se houver ajuda da família e dos colegas de trabalho e da direção da empresa onde trabalha.

Mamãe moderna é sinônimo de trabalho triplicado. Não bastasse a necessidade de cuidar do novo pequeno da família, a mulher precisa dar prosseguimento à vida de trabalhadora e ainda por cima se manter em dia com a vaidade. Quanta coisa junta!
A tarefa de conciliar a amamentação e as obrigações fora de casa faz com que muitas mães peçam ajuda divina. Calma, mulher. Com organização, planejamento e dedicação é possível dar conta de todos esses afazeres.
Primeiramente, um mês antes de voltar ao trabalho estabeleça rotinas para amamentar, acostumando o bebê a receber o leite em determinados horários.
Elabore cronograma de forma que você consiga dar de mamar antes de sair para o trabalho e logo após retornar à residência. Conseguindo isso, você já avançou uma etapaOutra fase importante é estocar o leite materno para que o uso seja feito no período em que você estiver no trabalho.
Vá acostumando aos poucos o bebê a receber o leite materno na colher, no copo ou xícara. Dessa forma o pequeno não sentirá tanta dificuldade em ter o leite no momento em que a mãe estiver ausente. Evite que a pessoa dê o leite na mamadeira.
Lembrando que o leite materno tem validade de um dia caso armazenado na geladeira. Após esse período, jogue fora. No freezer, o leite materno pode ser guardado por até 15 dias.
O leite materno não pode ser aquecido no microondas ou banho-maria, mas sim em água quente (ou seja, aqueça a água em uma panela, não ferva, retire a panela do fogo e então coloque o recipiente com leite como se fosse um banho maria, a ideia é transferir o calor da água para o leite de forma suave). Após aquecido o leite, verifique a temperatura para não causar queimaduras no bebê.

Os direitos da mulher trabalhadora na amamentação

Além de organização e planejamento na amamentação, a mãe deve conhecer o que diz a legislação.
A lei permite que a mãe se licencie do serviço por até seis meses (depende da empresa em que trabalha), tendo seu salário recebido integralmente. Mas ela também tem outros direitos. Saiba:
- A mãe tem direito a dois descansos de 30 min no serviço para amamentar o bebê. Esse horário pode ser unificado, ou seja, a trabalhadora poderá negociar com a empresa e ao invés de dois descansos de 30 minutos ela pode ou chegar 1 hora mais tarde ou sair 1 hora mais cedo, por exemplo. Esse é um tempo extra, não pode ser confundido com o tempo natural para alimentação (horário de almoço, intervalos para descansos, etc.).
- A lei determina que empresa com mais de 30 mulheres com carteira assinada precisa ter berçário ou creche. Caso não tenha, a mulher tem direito a deixar o serviço para amamentar o bebê. E mais: a empresa fica responsável pelo “reembolso-creche”.
ATENÇÃO!
Se você acha que não está tendo seus direitos cumpridos, procure o departamento de recursos humanos ou a direção de sua empresa. Caso a dúvida persista, procure o seu sindicato, eles possuem departamento jurídico gratuito para esclarecer as dúvidas e lhe ajudar a ter seus direitos garantidos.
Dicas
  • Não deixe o recipiente com o leite materno na porta da geladeira (pois o abre e fecha altera a temperatura). Coloque o recipiente no fundo da geladeira. O leite materno na geladeira tem validade de 1 dia (24 horas). Após isso, jogue fora.
  • Você pode utilizar vidros de café solúvel para armazenar o leite na geladeira. Para utilizá-los, retire o alumínio ou papel que protege a tampa, lave com escova e sabão e ferva por 10 min.
  • Faça a ordenha durante o horário de trabalho. Além de evitar o desconforto de ficar com as mamas cheias, garante a oferta de leite materno para o bebê. Mas garanta que o leite coletado vá para a geladeira ou freezer

segunda-feira, 23 de setembro de 2013

Afogamento em Criança!!!

Afogamento de crianças é algo comum

Num país como nosso, onde a temperatura é amena ou quente boa parte do ano e existem muitos rios volumosos, represas, lagos, lagoas, praias além de que hoje em dia as piscinas estão em muitos lugares como parques, clubes, condomínios e casas, o cuidado com as crianças que freqüentam estes locais deve ser reforçado.
No Brasil, segundo Ministério da Saúde, em 2005, 1.496 crianças de até 14 anos morreram vítimas de afogamentos sendo a segunda causa de morte e a oitava de hospitalização, por acidentes, na faixa etária de 1 a 14 anos.
É importante salientar que os perigos estão em ambientes familiares tais como piscinas, baldes, banheiras, poços e não estão apenas nas águas abertas como mares, represas e rios. Para uma criança que está começando a andar, por exemplo, três dedos de água representam um grande risco.
Outro fator que contribui para que o afogamento seja um dos acidentes mais letais para crianças e adolescentes é que acontece de forma rápida e silenciosa.
Vamos imaginar um banho de banheira de um bebê: o pequeno intervalo para se virar para pegar uma toalha é suficiente para uma criança fique submersa na banheira. Se você se afastar por 2 minutos para atender um telefone, isto pode ser o bastante para criança perder a consciência. Se você demorar mais do que 4 minutos, a lesão cerebral pode ser permanente.

Como proteger uma criança de um afogamento

  1. Esvaziar baldes, banheiras e piscinas infantis depois do uso e guardá-los sempre virados para baixo e longe do alcance das crianças;
  2. Despeje a água antes de retirar a criança da banheira e esconda a tampa da banheira de modo a que a criança não possa preparar o seu próprio banho;
  3. Nunca deixe uma criança com menos de 3 anos sozinha na banheira, mesmo quando ela já se senta bem. Durante o banho, não atenda o telefone nem a porta;
  4. Conservar a tampa do vaso sanitário fechada, se possível lacrado com algum dispositivo de segurança ″à prova de criança" ou a porta do banheiro trancada;
  5. Manter cisternas, tonéis, poços e outros reservatórios domésticos trancados ou com alguma proteção que não permita "mergulhos";
  6. Piscinas devem ser protegidas com cercas de no mínimo 1,5m que não possam ser escaladas e portões com cadeados ou trava de segurança que dificultem o acesso dos pequenos;
  7. Alarmes e capas de piscina garantem mais proteção, mas não eliminam o risco de acidentes. Esses recursos devem ser usados em conjunto com as cercas e a constante supervisão dos adultos;
  8. Grande parte dos afogamentos com bebês acontece em banheiras. Na faixa etária até dois anos, até vasos sanitários e baldes podem ser perigosos. Nunca deixe as crianças, sem vigilância, próximas a pias, vasos sanitários, banheiras, baldes e recipientes com água;
  9. Evitar brinquedos e outros atrativos próximos à piscina e aos reservatórios de água;
  10. Durante o banho, não atenda o telefone e nem a porta.
Algumas características do desenvolvimento contribuem para que crianças pequenas fiquem mais vulneráveis a afogamentos, tais como:
Diferentemente dos adultos, as partes mais pesadas do corpo da criança pequena são a cabeça e os membros superiores. Por isso, elas perdem facilmente o equilíbrio ao se inclinarem para frente e conseqüentemente podem se afogar em baldes ou privadas abertas;
O processo de afogamento é acelerado pela massa corporal do indivíduo.
Não tem maturidade, nem experiência para sair de uma situação de emergência.
Boa parte das crianças que se afogam em piscinas está em casa sob o cuidado dos pais. Um mero descuido deles basta para que ocorra um afogamento;
Procure atendimento médico com a máxima urgência!!!!!